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18/03/2008 00:00:00

Política

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Um dia após ter afastado dez deputados estaduais de seus cargos, o desembargador Antônio Sapucaia disse – em entrevista à imprensa – que mesmo os suplentes também sendo suspeitos, a decisão dele influi e muda sim o quadro da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas.

Segundo Sapucaia, o afastamento se dá para não atrapalhar o processo de colheita de provas, já que os funcionários da Assembléia Legislativa estão subordinados aos deputados estaduais afastados.

No entanto, na visão do desembargador, os suplentes que também são apontados pela Polícia Federal como integrantes de uma organização criminosa, que teria desviado R$ 280 milhões do Legislativo, não possuem a mesma influência dos deputados estaduais que ficam sem mandato a partir da decisão da Justiça.

“Os que também estão indiciados pela Taturana podem assumir, agora, o Luiz Pedro e o Gilberto Gonçalves não podem. Acho que a decisão muda sim, em virtude da colheita de provas. Os suplentes não terão a mesma participação efetiva que os deputados poderiam ter”, salienta o desembargador.

Sapucaia diz que o trâmite para se chamar ou não os suplentes é uma questão interna da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas. “Eu não conheço o regimento interno da Casa. Os suplentes devem ser chamados, porque caso contrário seria o caos, mas é uma questão que pertence ao parlamento”.

No dia de ontem, Antônio Sapucaia apelou para o “bom senso dos deputados estaduais” e chegou a afirmar que caso os suplentes não assumam, o Governo do Estado pode solicitar intervenção na Assembléia Legislativa, porque – teoricamente – um dos poderes constituídos de forma harmônica e independente ficaria sem funcionar.

com alagoas24horas.com.br // luis vilar