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11/03/2008 00:00:00

Saúde

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Um estudo feito recentemente comprova que todos os 102 municípios do estado, estão registrando casos de Leishmaniose Visceral, chamada vulgarmente de Calazar. A grande incidência de casos de cães picados por parasitas muito pequeno que é transmitido através de um inseto chamado flebótomo, fez com que o médico infectologista Marcelo Constant, em entrevista exclusiva ao Alagoas em Tempo, fizesse um alerta a população alagoana, quando a necessidade de tomar medidas preventivas ao apresentar os sintomas da doença, que pode levar o homem a morte caso não seja medicado a tempo, como aconteceu no povoado de Barra Nova, onde já se registrou um óbito e no bairro do Pontal da Barra, segundo um agente da Secretaria Municipal de Saúde, onde uma pessoa encontra-se internada no Hospital de Doenças Tropicais Hélvio Auto.

“A nossa preocupação maior é que a cada cinco anos ele apresenta um aumento nas incidência de casos, em Maceió as áreas onde apresentam maiores incidências são os bairros de Jacarecica, Ipioca, Jacintinho, Pontal da Barra, Vergel, Trapiche e Benedito Bentes, onde se constatou casos de animais que tiveram que ser sacrificado no Centro de Controle de Zoonozes, onde foram cremados após tomarem injeção letal.Existem município que também apresentam essas doenças como Japaratinga, Maragogy, Barra de Santo Antônio, Arapirac, Marechal Deodoro, onde no povoado de Barra Nova é onde frequentemente os cães aparecem com o sintoma da doença, que atinge principalmente crianças e adolescentes”, disse Marcelo Constant.

O que é Flebótomo?
 

Uma cartilha que vem sendo distribuída pela Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, informa que: O Calazar ou leishmaniose Visceral, é muito freqüente no nordeste brasileiro. É causado por um parasita muito pequeno que é transmitido através de um inseto chamado flebótomo. Ele é pequeno, cor de palha, age no início da noite,voa baixo e em pequenos saltos, por isso é chamado vulgarmente de Pula-Pula ou Mosquito Palha, que ao se alimentar de sangue, a fêmea pode infectar um hospedeiro  é quando o homem ou animal infectado passa a abrigar  o hospedeiro em seu organismo. Anteriormente eles existiam nas matas. Mas para sobreviver, essas pessoas fazem plantações de pequenas lavouras e criação de animais como porcos, cavalos, galinhas e bois, existem também o acúmulo de lixo, que junto a este cenário, favorece a adaptação do flebótomo, ao novo ambiente.Neste caso só o homem e o cão ficam doentes.

Prevenção no cão e no homem

A prevenção no cão quando ele apresenta esses sintomas de:Emagrecimento,unhas grandes, queda de pelo, feridas no focinho e nas orelhas, olhos remelando, diarréia com sangue, perda de apetite e de movimentos, é o sacrifício através d e injeção letal e em seguida ser cremado porque até o momento não existe cura para cães. Já para o homem, os sintomas são os seguintes: Febre no final da tarde, perda de apetite, emagrecimento, moleza no corpo e aumento da barriga, chamada vulgarmente de barriga d”água, em função do crescimento do fígado e do baço, mas para saber se realmente está infectado com o Calazar, é preciso fazer um exame específico em laboratório.

Medidas para evitar a doença
 
Diagnosticar o mais cedo possível os casos humanos e caninos que estejam ocorrendo são: Reduzir o contato do homem com o vetor, do inseto portador do parasita por ações como: Aplicação de inseticida dentro e fora do domicílio, uso de proteção individual, como telas, mosquiteiros e repelentes e chamar o órgão responsável para remover da área os cães infectados. É preciso acima de tudo, procurar um posto de saúde ou um hospital.
 
 Barra Nova
 
Apontado pelo agente de saúde José Marinho Sobrinho, como um dos locais de maior incidência nos casos de Calazar, a reportagem se deslocou até aquele povoado de Marechal Deodoro e logo encontrou próximo a uma igreja Evangélica, repleta de crianças e na porta do templo, estava um cão infectado com a doença. No local, estava um ex-agente da vigilância Sanitária de Marechal Deodoro, Edeilton Gomes dos Santos, atual agente de polícia que comprovou as denuncias formuladas pelo agente de saúde da secretaria municipal de Maceió. “Realmente o caso está sério aqui em Marechal Deodoro, como você vê, cães infectados transitam normalmente na cidade, sem que sejam recolhidos e isto com certeza provoca a incidência de pessoas contamidadas”, disse o ex-agente de Saúde.

com alemtemporeal.com.br