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Saúde
17/11/2012 01:45:51

Medo Exagerado

Medo Exagerado
Dr. Jacinto Martins de Almeida

O medo é uma emoção presente em todos os seres humanos, e a sua parte positiva é ajudar a nos proteger dos perigos. No entanto, o medo também tem a sua parte negativa quando se torna exagerado, desproporcional a situação causadora do medo, porque tende a desenvolver graves sintomas físicos e psíquicos, tais como: vertigens, tonturas, diarreias, taquicardia (coração acelerado), sensação de bolo na garganta, sensação de falta de ar, respiração acelerada, boca seca, tensão muscular, paralisia momentânea, sudorese, tremores pelo corpo, peito apertado, angustia e perda do controle sobre os pensamentos. Geralmente o medo exagerado leva as fobias (medos específicos), e a síndrome do pânico (medo generalizado). Tanto as fobias com a síndrome do pânico, são consideradas medos irracionais e que não apresentam ameaças reais à integridade do indivíduo, são medos que não existem no mundo real, só existem no nosso pensamento. Quando nos defrontamos com esse medo exagerado e irracional, temos apenas duas opções: OU A GENTE ACABA COM ELE, OU ELE ACABA COM A GENTE.

 

O medo exagerado, também conhecido como medo irracional, geralmente é persistente e se manifesta mediante exposição a algum objeto ou situação. A exposição ao estímulo que provoca a reação de medo, invariavelmente gera ansiedade extrema que desencadeia o medo e podem ocorrer ataques de pânico.

 

Os Psicólogos chamam a “aprendizagem” de condicionamento; os condicionamentos levam aos hábitos, os costumes; por isso, que a nossa vida é dirigida por condicionamentos que consequentemente irá gerar os nossos comportamentos. Como o condicionamento é uma aprendizagem; por isso, aprendemos tanto os comportamentos positivos, quanto os negativos, tanto o que é bom, quanto o que é ruim, e essa aprendizagem irão gerar os hábitos; podemos citar como exemplo: o hábito de ter medo.

 

Tudo aquilo que desencadeia o nosso medo, principalmente o medo exagerado, corremos alucinadamente dele, e não percebemos que cada vez que corremos, aquele medo se torna cada vez mais forte dentro da gente e vai gerando uma aprendizagem, um costume, um comportamento de esquiva.

 

Para aprendermos a andar de bicicleta, montamos nela com medo, caímos algumas vezes e chegamos até nos ferir, após essas quedas, mesmo com medo, nos levantamos e fomos em frente até adquirir o equilíbrio necessário e não cair mais; ou seja, houve uma aprendizagem e essa aprendizagem eliminou o medo. Para aprendermos a caminhar, tivemos que engatinhar, nos levantar segurando em alguma coisa e depois dar os primeiros passos; caímos, nos levantamos, demos outros passos, caímos novamente, nos levantamos; foi assim, até aprendemos a caminhar; isso quer dizer que houve uma aprendizagem. Se tivéssemos caído e desistido, sabe quando iriamos aprender a andar de bicicleta e caminhar? NUNCA. Da mesma forma, se a gente correr daquilo que nos faz medo, sabe quando vamos conseguir superar esse medo correndo dele? NUNCA. Sabe por quê? Porque a medicina atual, com todo seu aparato psicofarmacológico, ainda não descobriu remédios que elimine o medo, o único remédio que elimina o medo é o ENFRENTAMENTO DO MEDO.

 

Quando enfrentamos o objeto ou situação temida, de inicio, iremos sentir muito desconforto, porque não somos habituados a fazer aquilo, mas a cada enfrentamento, vamos criando uma aprendizagem; vamos nos habituando a fazer aquilo, e consequentemente, vamos aprendendo a não fugir, isso vai modificando aquele comportamento e  os desconfortos vão diminuindo, até acabar totalmente.

 

Um dos pontos mais importantes é a postura de confiança em se enfrentar a situação. Pessoas que acham que não vão suportar ou que pensam negativamente sobre o enfrentamento tendem a fracassar. Deve-se ter uma constante atitude mental positiva. E o mais importante é não desistir nunca. Saber que você é quem manda em sua vida e não o seu medo.

 

Atualmente, só conheço duas formas que nos impede de enfrentarmos o nosso medo. Uma forma é NÃO TENTAR; a outra forma é TENTAR, FALHAR E DESISTIR. Se não tentarmos, ou tentarmos, falharmos e desistimos, sabe quando  vamos conseguir? N U N C A.

 

LEMBRE-SE: PESSOA CORAJOSA NÃO É AQUELA QUE NÃO TEM MEDO, E SIM; AQUELA QUE MESMO COM MEDO, ENFRENTA O SEU PRÓPRIO MEDO.

 

Dr. Jacinto Martins de Almeida

Psicólogo/Psicanalista/Hipnólogo/Acupunturista

ESPECIALISTA NO TRATAMENTO DE MEDOS E DORES