Mostrando tranqüilidade e serenidade, o procurador-Geral de Justiça, Coaracy Fonseca, rebateu com dureza à denúncia de que teria um cunhado trabalhando na Assembléia Legislativa. Ele afirmou que se trata de “cortina de fumaça para desviar a atenção da sociedade alagoana sobre o desvio de mais de R$ 300 milhões dos cofres da Assembléia Legislativa, supostamente praticado pelo próprio deputado e seus outros onze colegas do parlamento. Não tememos intimidações".
“Não tenho parentes na Assembléia Legislativa, sou separado judicialmente, com sentença transitada em julgado e, ainda hoje, vou encaminhar ofício ao Poder Legislativo solicitando ato de nomeação que comprove a existência de qualquer parente meu na Assembléia”, informou o procurador-geral de Justiça.
Mas o procurador foi além e assegurou que o MP vai chegar a mais membros do que qualificou de “organização criminosa de altíssima periculosidade”. “Nós vamos pegá-los, e eles sabem disso. Essas pessoas nunca foram tocadas nesse estado. Mas o Ministério Público não vai ser curvar diante deles. Estamos agindo conforme a lei. Eles sabem também que vamos chegar às prefeituras”, desafiou Coaracy.
Coaracy fez questão de afirmar que não tem medo de qualquer intimidação, seja moral ou física, e que o Ministério Público não vai recuar do compromisso institucional, para com a sociedade alagoana, de colocar os todos os deputados e demais indiciados na Operação Taturana “atrás das grades”.
Fonseca lembrou que o MP alagoano está lidando com uma organização criminosa de alta periculosidade, até mais perigosa que a organização desbaratada no Espírito Santo. "Não vamos recuar e vamos chegar às Prefeituras”, ressaltou, durante entrevista à imprensa.
Decisão do TJ - Ao ser informado que presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador José Fernandes de Holanda, acatou pedido de suspensão da decisão do desembargador Juarez Marques Luz ( que havia reconduzido a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa Estadual, afastada por decisão da 12ª Vara Cível da Capital), o procurador-geral de Justiça elogiou a coragem da autoridade do TJ no cumprimento do dever de garantir a eficácia do princípio da segurança jurídica
por Redação c/ Divulgação