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21/02/2008 00:00:00

Política

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As conseqüências da Operação Taturana ainda não se encerraram. Ontem, subiu para 89 o número de indiciados pela Polícia Federal de Alagoas. Foram incluídos na lista dos supostos integrantes da quadrilha que teria desviado mais de R$ 280 milhões dos cofres públicos, mais dois parlamentares: João Beltrão (PMN) e Marcos Ferreira (PMN). Além dos dois, foi indiciada também a ex-deputada estadual Fátima Cordeiro.

Ao todo, já são 12 deputados estaduais indiciados pela Polícia Federal de Alagoas. No dia de hoje, serão ouvidos pela PF o filho e a esposa do presidente da Assembléia Legislativa de Alagoas, Antônio Albuquerque (Democratas). Durante a semana, o superintendente reafirmou o envolvimento dos parlamentares na organização criminosa, descartando a hipótese de que funcionários tenham agido sozinhos.

A informação de que o suposto esquema seria obra apenas dos servidores foi dada pelo deputado estadual Cícero Amélio (PMN), que é primeiro secretário da Casa Tavares Bastos e – conseqüentemente – o ordenador das despesas. Cícero Amélio também é um dos indiciados.

Além de Amélio e Albuquerque, já haviam sido indiciados Arthur Lira (PMN), Isnaldo Bulhões (PMN), Edival Gaia (PSDB), Cícero Ferro (PMN), Nelito Gomes de Barros (PMN), o cassado Antônio Hollanda Júnior (PTdoB), Maurício Tavares (PTB) e Dudu Albuquerque (PSB). Além do indiciamento pela PF, os deputados respondem ainda em uma ação cautelar movida pelo Ministério Público que pede o afastamento de todos eles.

No entanto, o juiz Gustavo Lima atendeu ao pedido do MP parcialmente e afastou os seis deputados que integram a Mesa Diretora dos cargos. A liminar foi derrubada pelo desembargador Juarez Marques Luz, mas mantida pelo presidente do Tribunal de Justiça, José Fernandes de Hollanda Ferreira, criando um impasse. No vácuo da decisão da Justiça, Antônio Albuquerque continua presidente da Casa e os demais parlamentares da Mesa Diretora retornam aos seus cargos.

Agora são 12 parlamentares indiciados. A ALE é composta por 27 parlamentares. O número de supostos envolvidos representa quase 50% do parlamento alagoano.

com alagoas24horqas.com.br // luis vilar