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19/02/2008 00:00:00

Polícia

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Os policiais civis de Alagoas, em greve há sete meses, já decidiram que vão continuar com a paralisação. No entanto, resolveram não participar do ato público que acontece hoje à tarde, contra a corrupção e a violência no Estado, por entenderem que diante da falta de proposta por parte do governo, a categoria deve centrar as forças para resolver os rumos da paralisação. Eles realizam assembléia neste momento, para definir novas diretrizes do movimento grevista a partir de agora.

De acordo com informações de diretores do Sindicato dos Policiais civis (Sindpol), na última reunião com o governo, a categoria condicionou o retorno às atividades, com o pagamento do reajuste de 36% dividido em seis meses, aposentadoria especial, revogação das portarias governamentais contra grevistas e o desbloqueio das contas de parte dos policiais que ainda não receberam salários. Eles alegam que somente cerca de 50% dos policiais receberam salários.

Os policiais informaram ainda que, somente este ano, já foram registradas 200 mortes. Inclusive, já nesta manhã, um crime foi registrado no bairro do Clima Bom. Segundo eles, a Polícia Civil hoje conta com 2.200 homens, mas apenas dois mil estão na ativa.

Nas últimas semanas, a categoria tem adotado um estilo mais leve de mobilização, na tentativa de viabilizar a negociação, mas as lideranças do Sindpol alertam que a falta de uma resposta, hoje, pode tirar a situação de controle, levando a manifestações radicais.

Na última assembléia, realizada na quinta-feira passada, a categoria chegou a discutir propostas colocadas pela base, de fechar as Delegacias de Plantão no fim de semana e de acampar em frente ao Palácio. No entanto, a maioria decidiu pela trégua até esta terça-feira. Hoje eles definem novas estratégias de luta.

com gazetaweb