Os de renda mais alta estão em desvantagem porque sua correção salarial considerou, na maioria das vezes, somente a variação do INPC (Índice de Preços ao Consumidor). Nos últimos 11 anos, o mínimo e os benefícios de baixo valor foram reajustados em 239,27%. Os demais tiveram aumento acumulado de apenas 112,17%.
Para tentar reduzir o chamado achatamento dos benefícios previdenciários de maior valor, surgiu no Congresso Nacional o Projeto de Lei 1.732/07. A proposta de autoria do deputado federal Vicentinho (PT-SP), que tramita na Câmara dos Deputados, obriga o INSS a corrigir os valores, já a partir deste ano, com base na variação dos preços de uma cesta de produtos que são consumidos pelos aposentados.
Se for aprovada pelos parlamentares, a idéia é conceder o aumento de acordo com a inflação que pesa no bolso dos idosos. Para isso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teria que criar um índice apenas para medir o custo de vida da terceira idade. O reajuste anual, porém, continuaria a ser aplicado na mesma data do aumento do salário mínimo.
Nessa conta, entrariam despesas com saúde e alimentação. Por outro lado, itens como transporte, habitação e educação, que têm muito impacto no bolso dos mais jovens, no caso dos idosos não seriam representativos. O projeto ainda vai passar por três comissões na Câmara.
com G1