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18/01/2008 00:00:00

Alagoas

Alagoas

Seguindo na contra-mão do restante do País, que bateu recorde na geração de empregos em 2007, Alagoas registrou déficit de vagas com carteira assinada no ano passado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado nesta quinta-feira.

De acordo com os dados, o estado perdeu 505 postos de trabalho no último ano, o que significa queda de 0,55% no estoque formal de empregos alagoanos com carteira assinada. Esse é o primeiro resultado negativo nos últimos sete anos – somente em 1999 o Caged apontou para uma queda de 6.260 postos de trabalho, o pior resultado da série histórica do Caged. Em dezembro de 2007, o saldo negativo foi de 1.490.

SETORES - Assim como há oito anos, o setor sucroalcooleiro foi o responsável direto pelos números. O setor apresentou menos 3.974 vagas. A agropecuária também teve resultado negativo de 432 postos de trabalho. A construção civil (-137) e a administração pública também tiveram saldo negativo no último ano.

Já no outro lado da moeda, o setor de serviços e o comércio comemoram um bom resultado. O setor de serviços incrementou o mercado de trabalho com 1.832 postos de trabalho, o que significa uma alta de 2,39% do estoque total de empregos com carteira assianda. O comércio alagoano (que até novembro tinha a maior altas nas vendas do País – 22%) teve saldo positivo de 1.729, crescendo 3,45% no estoque total.

Outros dois setores também conseguiram fechar o ano com números positivos. Os serviços de utilidade pública geraram 425 postos de trabalho, enquanto a extração mineral teve incremento de 90 empregos formais.

NÚMEROS DE ALAGOAS:

 ANO  SALDO DE EMPREGOS
 1999  -6.260
 2000  11.904
 2001     6.731
 2002   7.812
 2003   10.872
 2004    9.682
 2005     5.705
 2006    13.774
 2007      -505


BRASIL –
Enquanto Alagoas retrocede, o País comemora a maior geração de empregos com carteira assinada da história, com a ampliação de 1,6 milhão de postos - resultado que supera o recorde de 1,5 milhão de vagas alcançado em 2004. O saldo do Caged é 31% superior ao de 2006 (1,2 milhões de vagas) e mostra que o mercado formal cresceu 5,85% ao longo de 2007 (média de 134 mil empregos por mês).

"Pela primeira vez na história o crescimento do emprego é superior ao crescimento da economia. No início do ano passado eu já tinha feito essa previsão e os números de agora confirmam isso. E estou ainda mais otimista para 2008. Bateremos mais um recorde. Podem esperar", declarou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

Todos os setores econômicos apresentaram elevação no emprego no ano de 2007, com destaque para os desempenhos recordes das áreas de Serviços (587.103 postos) e Comércio (405.091), seguidos pela Indústria de Transformação (394.584), que teve o segundo melhor resultado na série histórica (o maior ocorreu em 2004, quando houve geração de 504.610 vagas).

A Construção Civil foi o setor da economia que teve a maior taxa de crescimento. O saldo recorde de 176.755 empregos representou uma expansão de 13,08% no total de empregos com carteira assinada no setor - mais do que o dobro dos índices alcançados pelo Comércio (6,5%), Indústria de Transformação (6,1%) e Serviços (5,3%). Em todos esses setores, Alagoas registrou índices bem inferiores, mesmo em relação proporcional de crescimento.

ESTADOS - Um em cada três empregos celetistas criados em 2007 foi absorvido pelo estado de São Paulo, cujo saldo recorde de 611.539 postos equivale a 38% do total de vagas de todo o país. Em seguida aparecem Minas Gerais (168.398), Rio de Janeiro (144.786 postos, outro recorde), Paraná (122.361), Rio Grande do Sul (94.324) e Santa Catarina (83.630). Em termos percentuais, Tocantins teve a maior taxa de crescimento do país: a ampliação de 7.105 postos foi o melhor saldo já alcançado pelo estado e representou uma expansão de 8,14% no setor formal.

CAGED - O Caged registra mensalmente todas as contratações e demissões regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ficam de fora da estatística os servidores públicos e empregados domésticos. A pesquisa é realizada desde 1992.

por Carlos Madeiro c/ MTE