Luto

Um crime que chocou o meio de comunicação na tarde de hoje. Por volta das 14 horas, o cinegrafista Valter Lessa de Oliveira foi morto a tiros na entrada do Graciliano Ramos. Atualmente ele estava atuando como cinegrafista na TV Assembléia e no Cesmac. Segundo policiais do 5º Batalhão, um homem barbudo, vestido em uma camisa de bloco, discutiu com a vítima no ponto de ônibus e efetuou os disparos.  

Manoel Bezerra Gomes, um dos enteados da vítima, disse que o padrasto era uma pessoa tranqüila, sem aparentes inimizades que possam levar a elucidação do crime. “Valter vivia com minha mãe há mais de 20 anos. Era uma pessoa tranqüila”, afirmou Manoel.

 

O jornalista Jorge Moraes, da assessoria de comunicação do Cesmac, estava no IML e também foi enfático ao afirmar que Valter era uma pessoa de bem. Indagado sobre informações de algum tipo de ameaça que o cinegrafista pudesse ter sofrido nos últimos dias, Moraes disse desconhecer, assim como os enteados também deixaram claro que também não tinham informações de o cinegrafista estar preocupado com algum tipo de problema. “Inclusive, sua mãe faleceu semana passada e ele ia ao Rio de Janeiro. Não foi porque não encontrou passagem. Mas eu já ia dispensá-lo semana que vem para ele viajar e passar uns quinze dias”.

 

Os parentes e amigos de Valter Lessa também descartaram qualquer tipo de envolvimento dele com a Operação Taturana, da Polícia Federal, que desbaratou uma quadrilha dentro da Assembléia Legislativa mês passado, onde havia desviado cerca de R$ 200 milhões.  

Esse é segundo funcionário da ALE assassinado em menos de uma semana. Abelardo Fernandes da Rocha foi vítima de arma de fogo ontem pela manhã no bairro do Jacintinho, próximo ao colégio Lamenha Lins. Este crime será investigado pela Polícia Federa, já que a vítima atuava como despachante no Detran a serviço de alguns deputados. Os dois veículos que estavam em poder de deputados foram periciados tendo como despachante a vítima fatal, por isso a polícia acredita que tenha sido uma queima de arquivo.

Na Deplan I, hoje à tarde, a delegada Maria Aparecida, que está no plantão da unidade disse que recebeu a informação de que o assassino do cinegrafista teria sido o traficante Aranha que chegou em um Gol azul, desceu, discutiu e atirou.