O Tribunal Superior Eleitoral deve apreciar, na sessão desta terça-feira (13), o processo em que figura o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), acusado de abuso de poder político e econômico na campanha à reeleição, em 2010, quando distribuiu 1,6 mil ovelhas a produtores rurais do Agreste e Sertão, entre agosto e setembro, às vésperas do pleito que o reconduziu ao Palácio República dos Palmares.
E apesar de o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL) ter julgado a matéria improcedente, por unanimidade – o mesmo posicionamento adotou a Procuradoria Regional Eleitoral –, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), cuja coligação busca a cassação do mandato de Vilela, afirma estar confiante.
O Pleno do TRE, à época, considerou que a quantidade de ovinos distribuídos no citado período não teria relação direta com a eleição, já que o programa ‘Alagoas Mais Ovinos’ foi criado ainda na gestão do ex-governador Ronaldo Lessa.
O parecer que pediu a cassação de governador e vice – o ex-deputado federal José Thomaz Nonô (DEM), que não compunha a administração tucana em seu primeiro mandato, pois, o vice-governador era o também médico José Wanderley (PMDB) – foi emitido pela Procuradoria da República em junho deste ano, para quem a distribuição dos animais teve ‘evidente fim eleitoreiro’.
O relator do processo é o ministro Arnaldo Versiani. Se condenado, Vilela e Nonô ainda podem ficar inelegíveis por três anos.
A defesa de Ronaldo Lessa sustenta ainda que não havia previsão orçamentária para a execução do programa, na tentativa de caracterizar que a distribuição gratuita dos animais, custeados pelo poder público, favoreceu a candidatura do governador.
Em resposta, Teotonio Vilela Filho, em entrevista à imprensa, disse estar tranquilo, considerando reduzido o número de pessoas beneficiadas e ressaltando que o programa surgiu em 2004. “Este é o esperneio mais longo da história”, disparou Vilela.
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