 
                                            Cerca de 15% dos 500 médicos que atuam do Hospital Geral do Estado (HGE) deixam a unidade no mês de dezembro para tirar férias. O fato preocupa a direção que tenta fechar a escala de plantão para que não comprometa o atendimento no fim do ano, quando normalmente aumentam as ocorrências.
As áreas mais críticas são de cirurgia-geral, anestesia, ortopedia, clínica-médica e unidade de terapia intensiva (UTI). Os profissionais dessas especialidades são o “coração” do HGE, que tem por finalidade o atendimento de emergência e urgência, especialmente traumas decorrentes de acidentes.
O diretor do HGE, médico Carlos Alberto Gomes, confirmou que para não deixar a população sem atendimento será preciso reforçar a equipe de forma emergencial do dia 20 de dezembro a 5 de janeiro e que, para isso, a contratação de profissionais é a saída. “A contratação que falamos não é de gente de fora. São profissionais da unidade que farão hora extra”, declarou Gomes.
O diretor informou que a escala já está pronta, mas não descarta que médicos de outras unidades sejam acionados, caso alguns profissionais do HGE desistam do “trabalho extra”. Como não há um acordo formal, exigindo o cumprimento da jornada, o médico pode recuar. “Ano passado tivemos de contratar dois profissionais da área de anestesia. Temos que ter um incremento de 20 a 30% do quadro de plantão. Até agora não precisamos de gente de fora, mas pode ser que alguém desista”, acrescentou Carlos Gomes.
O presidente do sindicato dos médicos de Alagoas, Wellington Galvão, informou que a redução do quadro de profissionais no HGE no fim de ano e a dificuldade para se conseguir médicos de determinadas especialidades são fatos recorrentes. Isso porque, segundo o sindicalista, muitos estão deixando Alagoas por causa dos baixos salários. “Sempre temos esses problemas. Isso tem ocorrido nos últimos anos, principalmente com intensivistas, na ortopedia e pediatria”, acrescentou Wellington Galvão.
 
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regina carvalho