A partir deste sábado (5), tem início em Maceió e nas demais regiões alagoanas a campanha de vacinação antirábica de cães e gatos que deve se estender até o próximo dia 11 de novembro.
Esta data é apenas para área urbana de Alagoas. Para a zona rural, a vacinação só deve iniciar no próximo dia 7 se estendo até o dia 11 também.
Segundo o responsável técnico pelo controle da Raiva em Alagoas, Valmir Costa, a expectativa vacinar 550 mil animal, entre cães e gatos, chegando a atingir 100% do território alagoano.
O objetivo da campanha desse ano é de evitar que Alagoas volte a registrar casos de Raiva Humana transmitida por cães e gatos. O último registro do caso em território alagoano aconteceu em 2003, desde então não há mais casos.
De acordo com Valmir Costa, vacina utilizada, batizada TECPar/Biovet, será utilizada tanto para os cães quanto para os gatos, a novidade é que o medicamento foi reforçado para evitar reações adversas nos animais.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), 11. 305 técnicos municipais estarão engajados na campanha, 341 supervisores e103 coordenados, além disso, a vacinação acontecerá em 3.510 postos físicos. Mas para garantir o sucesso desta campanha, os proprietários de cães e gatos devem procurar os postos de vacinação mais próximos de suas residências, portando o cartão de vacinação do seu animal de estimação.
Não perca tempo, cuide do seu animal, cuide de você, cuide do seu Estado.
A Raiva é doença infecciosa aguda que uma vez instalada é sempre fatal. É causada por um vírus que se alastra pelo sistema nervoso de animais de “sangue quente” domésticos ou selvagens, cães, gatos, macacos, morcegos.etc , incluindo o homem.
A transmissão da raiva se dá pela saliva do animal contaminado pelo vírus da raiva, através de lesão da pele do novo hospedeiro. Este vírus pode inoculado por arranhadura, mordida ou lambida do animal doente. Característica da própria doença é o aumento da agressividade do doente, o que facilita o ataque do doente a um novo animal ou ao homem.
A apresentação inicial da doença no animal é semelhante à no homem: aumento da agressividade e perda do medo. O vírus inicialmente se localiza nos tecidos próximos ao ferimento podendo haver dor local ou anestesia e inchaço. Com a disseminação através do próprio nervo chega ao sistema nervoso central causando encefalite e outros danos do sistema nervoso. A disseminação para outros órgãos se faz por via sanguínea. Surgem espasmos musculares,ansiedade extrema, convulsões, violenta raiva, impulso incontrolável de morder e bater nos outros. Os espasmos musculares do orofaringe tornam a deglutição muito dolorosa. O indivíduo desenvolve medo incontrolável até da visão dos líquidos – hidrofobia -, não há perda da consciência até a instalação do coma, a morte ocorre em 100% dos casos.
O diagnóstico da doença pelo quadro clínico é sempre tardio. As suspeitas podem ser comprovadas por biópsias de pele ou córnea, e por exames imunológicos de saliva ou sangue.
A prevenção mais importante é a vacinação sempre atualizada dos animais de convívio próximo.
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