Jovem é assassinado atrás do 5º Batalhão da PM

O final da noite deste domingo (30) foi marcado por mais um homicídio em Maceió e num local bem ‘às vistas’ do 5º Batalhão da Polícia Militar de Alagoas, localizado no complexo Benedito Bentes. Por volta das 20h40 de hoje, o adolescente R.M.S, de 17 anos, foi morto a tiros por um homem que teria disparado uma arma de cima de uma moto. Após cometer o crime, o assassino fugiu sem ser identificado e sem deixar pistas. Uma irmã da vítima confessou à polícia que o jovem devia dinheiro a traficantes.

R.M.S saiu de casa poucos minutos antes de morrer. Ele pediu a uma tia a quantia de R$ 8,00 porque estaria com fome e queria comprar um sanduíche. “A minha irmã deu o dinheiro e ele saiu de casa dizendo que estava indo comer um passaporte. Infelizmente, algum tempo depois nos chegou a notícia de que ele fora assassinado. Até onde sabemos, meu sobrinho não tinha envolvimento com drogas. Não sabemos a que atribuir o crime”, contou Rosângela Melo, tia do adolescente.

Todavia, policiais do 5º BPM informaram que, antes da chegada da mãe e das tias, uma irmã do jovem, que também é menor de idade, teria confessado que ele devia a traficantes. “Ela contou que ele estava sendo ameaçado já há algum tempo porque não havia conseguido saldar um débito com traficantes da região”, revelou um PM.

Moradores reclamam do abandono do local

O assassinato de R.M.S aconteceu ao lado do 5º Batalhão da Polícia Militar. O local é uma praça, que fica nas proximidades de um campinho de futebol. Com iluminação deficiente e pouco policiamento, os moradores reclamam do abandono. “Os policiais quando vêem aqui, nunca encontram nada. Chegam e vão embora sem apreender drogas e sem prender ninguém. Todavia, a qualquer hora do dia, principalmente à noite, essa praça está cheia de pessoas consumindo drogas, cheirando cocaína e fumando pedras de crack”, denunciou um adolescente que não quis revelar o seu nome.

A dona de casa Patrícia Santos confirmou que o local é abandonado. “Não tem iluminação e nem policiamento. Hoje mesmo a PM só apareceu depois que o assassinato tinha ocorrido. Eu, que moro perto, escutei três tiros e vim ver o que havia acontecido. A polícia só chegou depois”, disparou ela.

O adolescente residia no Conjunto João Sampaio II.

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janaina ribeiro e david lucena