 
                                            A execução sumária de Silvânia Mendes da Graça Rodrigues, 43 anos, conhecida como Madona, expõe – mais uma vez – a briga por pontos de tráfico na periferia de Maceió. O crime ocorreu na noite de ontem, 27, dentro da residência da vítima, que era apontada como principal traficante da região.
De acordo com informações da Polícia Militar, cinco elementos fortemente armados teriam invadido a residência da Madona, localizada na Rua 15 de março, e efetuado vários disparos contra a traficante, que foi atingida por seis projéteis. No momento do crime, um filho da vítima dormia dentro da residência, mas não foi ferido. Os bandidos teriam utilizado um veículo Gol de cor cinza, cuja placa não foi identificada.
A morte de Madona deve provocar ‘movimentações’ na hierarquia do tráfico na região da Levada. De acordo com informações apuradas pelo Alagoas24Horas, Madona era conhecida pelo modus operandi, utilizando motociclistas como aviõezinhos (revendedores de droga), além de utilizar monitoramente eletrônico em algumas ruas para observar a movimentação de clientes, policiais e desafetos. Nem mesmo todo este aparato foi suficiente para impedir sua morte.
Apontada por muitos como líder comunitária, reconhecida pela utilização frequente de um casaco vermelho, Silvânia Mendes foi presa em abril do ano passado, com crack, R$ 461 em espécie, além de munições calibre 38. O mandado de prisão, à época, foi expedido pela 17ª Vara Criminal da Capital. Não se sabe a qual recurso jurídico Madona recorreu para obter a liberdade.
Mãe de oito filhos, após o seu assassinato, na noite de ontem, quase uma centena de pessoas se aglomerou à porta da sua casa para prestar ‘solidariedade’ aos familiares.
O corpo da suposta traficante foi levado para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, onde será submetido à necropsia e posteriormente será liberado para sepultamento. O crime será investigado pela polícia judiciária.
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cláudia galvão