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Justiça
25/10/2011 22:38:04

Cel. Cavalcante foi absolvido pela morte do cabo Gonçalves

Cel. Cavalcante foi absolvido pela morte do cabo Gonçalves
Cavalcante foi absolvido

Após mais de sete horas de júri, coronel Manoela Francisco Cavalcante e Marcos Cavalcante foram absolvidos pela morte do cabo Gonçalves.

O julgamento teve início na manhã dessa quarta-feira (25) no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, onde o ex-coronel da Polícia Militar do Estado de Alagoas, Manoel Francisco Cavalcante, foi a juízo para prestar esclarecimentos sobre a morte do cabo Gonçalves. Cavalcante mantém seu relato de que o crime teria sido encomendado pelos deputados João Beltrão, Antônio Albuquerque e pelo ex-deputado Francisco Tenório.

Ana Maria Pereira Valença – irmã do cabo Gonçalves – foi a primeira testemunha a ser ouvida pelo júri. Ela agradeceu o momento ao ex-coronel e o perdoou, mas um fato que ela não esqueceu foi o de agressão a sua família. “Você, Coronel Cavalcante, ter entrado na minha casa, agredindo à minha família foi o que mais me machucou”, afirmou.

A promotora Marília Serqueira Lima perguntou se a testemunha havia sofrido algum tipo de ameaça. A testemunha negou e completou dizendo que a pessoa que eles desejavam matar já estava morta. Ela lembrou que no dia do velório de seu irmão, a casa teria sido invadida por pessoas encapuzadas e teria sido empurrado no caixão.

Outras duas testemunhas também foram ouvidas: Antônio Bastos – chefe de pista do posto Veloz –, Joselito Cavalcante da Silva e Paulo Sérgio - frentistas. O primeiro falou sobre o fato e diz que não percebeu nenhuma movimentação suspeita pelos arredores do posto antes do assassinato. Joselito manteve o seu depoimento que afirmava estar no banheiro lavando o rosto no momento dos tiros. Paulo Sérgio disse que ouviu os tiros e completou dizendo que os assassinos tinham a altura mediana.

Interrogatório do ex-coronel Cavalcante

Cavalcante mantém seus relatos e complementa dizendo que Gonçalves não era nenhum santo, e que ele havia matado três pais de família em União dos Palmares a mando do ex-deputado federal Francisco Tenório. E diz que o cabo teria sido absolvido por proteção.

O ex-coronel assume ter participado da reunião de encomenda de morte do cabo Gonçalves, e disse não estar presente no local do crime no dia do assassinato. “Me arrependo porque nada fiz, hoje jamais faria algo assim” afirma.

Cavalcante relata que momentos depois da execução do crime houve uma comemoração entre João Beltrão, Luiz Pedro e Francisco Tenório em uma sala reservada. “Funcionou como uma cúpula”.

Ele conta que João Beltrão estava presente no dia do assassinato e não teria sido a primeira vez que presenciava um crime. E finaliza seu depoimento pedindo perdão e sentindo que sua vida estaria ameaçada.

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william rocha