Estudantes fecham Fernandes Lima contra aumento de passagem

Um grupo de estudantes fechou a Avenida Fernandes Lima, na manhã desta terça-feira (25), em protesto contra o aumento no valor da passagem de ônibus para R$ 2,49, valor reivindicado pelos empresários e ainda sem resposta pelo prefeito Cícero Almeida. Os alunos também pediram melhores condições no transporte público e afirmaram que as empresas não oferecem um serviço correspondente com o valor que querem cobrar.

O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Lucas de Barros, explicou que o movimento começou há três semanas, após o anúncio sobre a intenção de aumentar o valor. “Começamos a reclamar pelo facebook, até que a mobilização começou a ser organizada”, contou.

O estudante Rodrigo Aragão disse acreditar que a participação pública contra o aumento da passagem tem trazido resultados positivos. “Quando ficamos sabendo do aumento e nos movimentamos pela internet, fizemos toda uma pressão e vimos que o prefeito recuou e não cedeu à pressão dos empresários”, conta.

“Caso esse aumento seja aprovado, essa passagem será a segunda mais cara do nordeste, perdendo apenas para Salvador, que é de R$ 2,50. Só que Salvador é uma cidade muito maior”, lembra. O grupo partiu da frente do Centro de Ensino e Pesquisas Aplicadas (Cepa) em direção ao centro da cidade. A expectativa é de que o número de manifestantes chegue aos 500.

A mobilização de estudantes ganhou força após o anúncio de empresários que reivindicavam o reajuste da passagem - atualmente de R$ 2,10 - para R$ 2,49. Em respota, o prefeito Cícero Almeida informou que só deverá debater sobre aumento de passagem após a finalização do processo de licitação.

Na última semana, os proprietários de ônibus se reuniram com representantes da Transpal, no intuito de organizar uma votação pelo aumento, porque alegaram que não tinham mais condições de oferecer o serviço - mesmo nas condições atuais - pelo valor de R$ 2,10. O “Queremos, além de tudo, iniciar uma discussão sobre o transporte público de Maceió. Os ônibus são poucos, ruins, e não atendem à demanda da população. Então é absurdo que, além de tudo, queiram aumentar o preço da passagem”.

O grupo afirma que essa não será a única ação dos usuários. "Vamos para a Assembleia e, em seguida, à Prefeitura, para tentar falar com Cícero Almeida. Porque, no fim das contas, quem libera o aumento é o prefeito", acrescentou o estudante.

A estudante Magda Gueiros, que não participava da mobilização, precisou descer do ônibus para seguir a pé até a Praça Centenário. "Toda vez que tem uma manifestação em que uma via pública é ocupada, as pessoas que estão no trânsito reclamam que esses atos sejam feitos, mas esquecem que todos serão beneficiados se o ato alcançar o objetivo, que é o caso. Tanto da passagem de ônibus, como o da Eletrobras", afirmou, referindo-se também à mobilização dos aprovados da Eletrobras, que também realizaram manifestação em frente à empresa em reivindicação pela convocação imediata

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