O sindicato dos trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) realiza assembleia na manhã desta quinta-feira no Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTC), no Tabuleiro do Martins, para formalizar a volta aos trabalhos no mesmo dia, após determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que pôs fim à greve que durou 28 dias.
Segundo Altanes Holanda, secretário-geral do sindicato, com o fim da greve é possível fazer uma avaliação positiva do movimento apesar da categoria não conseguir parte das reivindicações. “A volta foi uma decisão judicial e temos que acatar. Acredito que a categoria saiu mais politizada dessa greve, o movimento ganhou com isso. Como se trata de uma negociação, sabemos que não dá para contemplar tudo”, detalhou o sindicalista.
Os trabalhadores dos Correios conseguiram aumento linear de R$ 80 a partir deste mês – valor diferente do que foi pedido pelos trabalhadores – de R$ 200. A decisão do tribunal prevê ainda a reposição relativa à inflação de 6,87% retroativa a agosto. “A nossa greve foi considerada legal e no próximo ano estaremos nessa batalha novamente”, acrescentou.
O descumprimento da determinação acarretará no pagamento de multa diária no valor de R$ 50 mil para a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect).
Os ministros do TST ainda determinaram o desconto de sete dias de paralisação do salário dos grevistas. Os outros 21 dias serão repostos pelos funcionários em trabalho extra nos fins de semana. O dissídio foi julgado na tarde e noite de ontem, em Brasília.
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regina carvalho