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A quantidade de agências com portas fechadas diminiu nesta segunda-feira (03), segunda semana da paralisação nacional dos bancários. Todavia, o movimento garante que a greve permanece forte será intensificada a partir de hoje. Os líderes sindicalistas garantem acreditar que o julgamento dos mandados de segurança impetrados na Justiça contra as liminares que garantiram aos bancos Bradesco e Itaú reabrirem terá resultado positivo em favor dos grevistas. Eles estão reunidos em São Paulo para para discutir a agenda dos próximos dias.
De acordo com Jairo França, presidente do Sindicato dos Bancários do Estado de Alagoas, a reunião desta segunda-feira vai discutir ações de mobilização para que sejam realizadas a partir de amanhã (04). “Vamos avaliar a possibilidade de expandir sempre, a cada novo dia. Sabemos que podemos melhorar ainda mais e estamos aguardando que Justiça decida sobre os mandados de segurança que impetramos na última sexta-feira. Estamos esperançosos que eles serão favoráveis à categoria”, disse ele.
Jairo França informou que, a partir de hoje, foi reduzida em 10 a quantidade de agências que estava fechada. “Das 153 que existem no Estado, 125 estavam paralisadas. Agora, com a abertura do Bradesco e do Itaú, serão 115. Mas isso não é problema para nós. Os companheiros não estão desmobilizados, apesar de estarem sendo obrigados a voltar ao trabalho”, assegurou.
Motivação da greve
Os bancários reivindicam reajuste de 12,8%, percentual que representa 5% de aumento real mais a inflação do período.
Além disso, a categoria também ‘briga’ por valorização do piso e maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Queremos PLR de três salários mais 4,5 mil fixos. Temos direito porque trabalhamos o ano inteiro, sob pressão, para dar dinheiro aos bancos”, disparou o presidente do Sindicato.
Quanto ao assédio moral, os bancários permanecem com o mesmo discurso de que ele acontece e é agressivo, causando diferentes doenças nos funcionários. “Precisamos combater o assédio assédio moral dentro das agências. As metas abusivas impostas a nós são absurdas e estão provocando uma série de doenças psico-somaticas e físicas, a exemplo de LER e tendinites. Também queremos mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes”, explicou Jairo Ferreira.