O Agente civil Wilson Magalhães registrou na noite deste domingo um boletim de ocorrência onde acusa os diretores da Casa de Custódia, os também policiais, Murilo Moura e Maria Goretti de arquitetar um plano para assassiná-lo.
No B.O. o agente diz que a sua morte seria causada pelas denúncias que ele fez a existência de tortura naquele presídio e pelo fato, também descrito por ele, de ter se recusado a dizer em juízo que o presidente da Associação Alagoana dos Delegados (Adepol) , Antonio Carlos Lessa teria passado um celular a um preso no Sistema Prisional.
“A policial Maria Goretti queria que eu testemunhasse contra o delegado Antonio Carlos Lessa, mas eu não sei nada sobre esta denúncia e não iria mentir em juízo” explicou ele.
Wilson Magalhães, que foi prestar queixa acompanhado de dirigentes do Sindpol, explicou que ele seria transferido para a cidade de Cacimbinhas, provavelmente esta semana e que lá ele seria assassinado.
“Uma pessoa da minha confiança me procurou hoje e disse que eu seria assassinado dentro de três dias, ele estava bastante nervoso e pediu que eu deixasse de ser policial, pois iria morrer” explicou o agente.
O agente disse que até agora não tinha revelado, mas agora não teria medo de dizer que existe tortura na Casa de Custódia.
“Houve tortura contra um preso chamado Cicero Aquino, isto eu posso dizer pois vi, sei de outros casos também” explicou ele.
Magalhães é estudante de História na UFAL e após a denúncia passou a ser escoltado por uma viatura da Policia Civil até sua casa, de onde ele disse vai sair junto com sua esposa e filhos.
“Amanhã devo conceder uma coletiva para a imprensa, vou procurar a OAB e até o CNJ,pois soube que pode haver o envolvimento de um juiz no plano para me matar” finalizou ele.