Médicos do Programa Saúde da Família (PSF) de 54 cidades decidiram paralisar as atividades a partir da próxima segunda-feira. A greve é para pressionar o Ministério Público Federal (MPF) e prefeituras a encontrar uma solução para um impasse que se arrasta desde o ano passado: o MPF quer que os profissionais trabalhem 40 horas, por semana, como diz a lei; mas as prefeituras alegam não ter dinheiro para pagar o piso da Federação Nacional dos Médicos: R$ 18.376,00.
Um médico do PSF recebe, em Alagoas, R$ 5.500. Eles propuseram que as prefeituras criassem planos de cargos e carreira, mas o pedido foi negado na Associação dos Municípios de Alagoas (AMA)- alegou-se falta de dinheiro.
Os médicos de Maceió- por já terem um plano de cargos aprovado pelo prefeito Cícero Almeida (PP) não paralisam os trabalhos, na segunda.
Nesta quarta-feira, em Arapiraca, os médicos se reúnem com o MPF- para discutir a situação do PSF.
"Mas, a proposta é paralisar também as atividades na segunda", disse o presidente do Sindicato dos Médicos, Welington Galvão.
Na segunda-feira, médicos e prefeitos se sentaram, para discutir o impasse. Mas, os gestores municipais reclamaram da falta de dinheiro para bancar o aumento nos vencimentos dos profissionais do PSF.
Sem alternativa, os médicos discutem demissão coletiva.
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odilon rios