Com gazetaweb // regina carvalho
Nesta quinta-feira, a defesa do ex-tenente coronel Manoel Francisco Cavalcante entra com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Alagoas. Coronel Cavalcante voltou a ser preso após decisão do juiz José Braga Neto, da 16ª Vara de Execuções Penais. Ele estava em liberdade há 14 dias, depois de passar 13 anos e sete meses atrás das grades.
O advogado de defesa, Douglas Bastos, voltou a questionar a “necessidade” de prisão do ex-militar. “Era preciso que primeiro a defesa fosse ouvida para apresentar contra-razões do agravo em execução que foi do Ministério Público Estadual. Acredito na soltura de Cavalcante porque há irregularidades nesse decreto de prisão”, informou Bastos.
Douglas Bastos informou ainda que diferentemente da outra vez em que esteve preso no Baldomero Cavalcanti, o ex-coronel divide agora a cela com outro preso e que vai requisitar à Vara de Execuções Penais para que ele fique sozinho.
A informação foi contestada pela assessoria de comunicação da Administração Penitenciária que disse que o ex-oficial ocupa sozinho uma cela no módulo “Seguro”. Para o juiz da Vara de Execuções Penais, Cavalcante é um preso como outro qualquer.
Segundo o advogado, não há necessidade de manter o “coronel Cavalcante” atrás das grades, pois ele estava se ressocializando. Rebatendo a decisão de pedido imediato da volta de Cavalcante para a cadeia, baseada numa condenação sobre o assasinato do caseiro Cristovão Luiz dos Santos, o Tó, de 19 anos, Douglas alegou que o “somatório” dos anos em que Cavalcante ficou preso já lhe garantiria o regime semi-aberto.