Com click21.com.br // Fonte roberto sena
Dor no estômago, sensação de estar empanturrado, azia e enjoos. Quem tem frequentemente esses sintomas deve procurar um médico, pois pode estar sofrendo de gastrite. Considerado um mal da vida moderna, a inflamação da mucosa do estômago pode ser causada por diversos fatores, como estresse, álcool e má alimentação, além da bactéria H. pylori, que atinge mais de 80% da população mundial.
Segundo o médico gastroenterologista Renê Russo, do Grupo Ana Rosa, os sintomas da doença são múltiplos, mas os mais comuns são dor na boca do estômago, desconforto abdominal, azia e queimação, além de náuseas e vômitos. Entre as principais causas para a inflamação da parede do estômago está o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, refrigerantes, frituras e medicamentos a base de derivados do ácido acetil-salicílico (AAS).
"Os erros de alimentação, principalmente nos alimentos com muito condimento, cafeína, gordura e fritura, podem desencadear o quadro de gastrite, mas o jejum prolongado é um dos fatores mais agravantes da doença. O tabaco e excesso de álcool ainda agravam os problemas gástricos", explica Russo. O gastroenterologista ainda conta que as pessoas que vivem em situação de estresse são mais propícias a terem crises da doença, principalmente se associado aos erros alimentares e ao fumo.
Ao procurar um médico o paciente deve informar seus hábitos alimentares e de vida, como explicar se é uma pessoa ansiosa ou se pratica esportes. Mesmo com a análise do histórico médico do paciente, apenas a endoscopia será capaz de diagnosticar o problema e descobrir em qual estágio a gastrite está.
A inflamação da mucosa do estômago pode ser crônica ou aguda. Alterações inflamatórias que resultam em atrofia muscular provocam a gastrite crônica, mas o H. pylori também pode ser o causador da doença. Por ser assintomática (sem sintomas), é difícil diagnosticá-la sem realizar uma endoscopia. É comum que pessoas que sofrem de úlcera também tenham gastrite crônica, o que mostra a relação entre as doenças.
Já no caso da gastrite aguda, a inflamação pode ser acompanhada por hemorragia e desprendimento da mucosa superficial, que provoca sangramento gastrointestinal agudo. Até 25% das pessoas que tomam diariamente os medicamentos com AAS podem desenvolver a doença. Além disso, surge repentinamente e evolui com rapidez. "A diferença do caso agudo e crônico é o tempo de existência da sintomatologia e sua periodicidade que é maior, ou seja, ela vai e volta frequentemente", diz Russo.
Após o diagnóstico da doença, chega a hora de iniciar o tratamento, que depende de cada caso. O acompanhamento médico e remédio são indicados, mas em alguns casos apenas uma dieta rigorosa é suficiente. Mesmo com o tratamento, a gastrite não tem cura. Por isso, os cuidados com a alimentação são importantes para evitar que a doença se agrave, mas é necessário notar se as dores persistem, pois uma nova crise pode surgir em pouco tempo.
Confira dicas de alimentos e hábitos que devem ser evitados nos casos de gastrite: