Com emergência190 //
O mistério acerca dos autores intelectual e físico da morte da estudante de fisioterapia Giovanna Tenório Andrade, 28, parece ter ganhado cunho novelístico. Nesta terça-feira (13), um novo item deve ser anexado ao processo. Raimundo Palmeira, advogado de defesa da acusada Mirella Granconato, 20, pede agora outra linha de investigação: a de que Giovanna tinha envolvimento com drogas.
De acordo com Palmeira, baseado em depoimentos colhidos de pessoas próximas à estudante, algumas pessoas ligavam para o telefone dela em busca de cocaína. Uma fonte do Emergência190 confirmou que um traficante do bairro do Vergel do Lago mantinha contato com Giovanna. Ela seria uma espécie de “aviãozinho”, que distribuía a droga entre os colegas, inclusive da faculdade - o Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac).
A fonte disse também que o próprio Antônio de Pádua Bandeira, 21, ex-namorado de Giovanna, atual marido de Mirella e suposto pivô do crime, mantinha contato constante com a estudante assassinada, onde ambos, durante estes encontros, consumiam a droga.
Apesar disto, o informante – que é da polícia – informou que este fato não muda a situação de Mirella, acusada de ser a autora da morte de Giovanna, com a ajuda do caminhoneiro e também feirante Luiz Alberto Bernardino da Silva, 29, que levava frutas e verduras para o mercado do marido, em Rio Largo. Nos primeiros depoimentos, Mirella negou que conhecia Luiz Alberto.
Amanhã (14) vence o prazo para o juiz deferir a favor ou contra o habeas corpus pedido pelo advogado de Mirella, que está detida no presídio Santa Luzia.
Morte de Giovanna e prisão de Mirella
Giovanna Tenório foi encontrada morta no dia 6 de junho deste ano, nas imediações da Fazenda Urucum, em Murici. A jovem estava desaparecida desde o dia 2 daquele mês. Amigos e familiares fizeram uma mobilização em busca da jovem, mas quando a encontraram, ela já estava morta, enrolada em um lençol.
Através de mandados de busca e apreensão, os policiais descobriram um conjunto da mesma peça que enrolava Giovanna na casa de Mirella. O conjunto estava incompleto e isto foi o estopim para que a jovem se tornasse a principal suspeita da morte da estudante.
Denúncias de que Mirella havia feito ameaças contra a Giovanna também pesaram no processo. Mirella foi encaminhada ao presídio Santa Luzia no dia 29 de junho, onde permanece presa.