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A Polícia Federal (PF) já está investigando a denúncia de que parte do dinheiro da Caixa Beneficente dos Militares de Alagoas foi desviado. A informação foi confirmada pelo presidente da instituição, coronel Ivon Berto Tibúrcio. Segundo o oficial, que não citou nomes, alguns integrantes da Caixa Beneficente, teriam desviado cerca de R$ 40 reais, somente referente ao pagamento de viúvas e órfãos de policiais.
Ivon Berto explicou que a fraude foi descoberta por ele há cerca de dois meses quando a Caixa Econômica Federal (CEF) notificou a Caixa Beneficente, alegando que os pagamentos aos beneficiados não haviam sido efetuados nos últimos cinco meses.
Alegando que ficou surpreso com a informação do banco e de posse das guias de pagamentos, que eram feitas pelo advogado José Coelho de Azevedo, Ivon Berto foi até a gerência da CEF, onde foi constatada que as guias apresentadas a ele pelo advogado eram falsas. Para ele - Ivon Berto -, o advogado disse que o responsável pela fraude seria um funcionário do próprio banco.
Na opinião do presidente da Caixa Beneficente, que determinou uma auditoria nas contas da instituição, se for confirmada a participação do advogado no desvio do dinheiro, a ação será caracterizada como estelionato. Ele também disse que não descarta a participação de outras pessoas no golpe e avalia que os prejuízos ultrapassem a R$ 1,5 de reais. Outro fato revelado por ele foram as cobranças do Tribunal Regional do Trabalho sobre verbas trabalhistas que a Caixa Beneficente tinha deixado de pagar.
Ivon Berto já pediu o afastamento do coronel Adroaldo de Freitas Goulart do conselho administrativo da Caixa Beneficente. Ainda segundo o oficial, Goulart foi o responsável pela indicação do advogado José Coelho, que havia sido afastado da última gestão da Caixa Beneficente.
Por sua vez o advogado se declara inocente em relação ao trama e acusa Ivon Berto de tentar presidir a entidade sozinho. "Ele tem uma briga antiga com o ex-presidente, coronel Adroaldo e isso tem interferido em todaa Caixa Beneficente", disse o advogado que afirmou que estranhou as denúncias serem feitas agora, uma vez que na semana passada, ele e Ivon foram até a PF levar toda a documentação que comprova a fraude e ao deixarem o prédio da Polícia o presidente da Caixa havia se comprometido em somente divulgar os fatos após a conclusão das investigações.
O presidente da Caixa Beneficente também confirmou que teme pela sua vida e a de seus familiares e que vai solicitar ao secretário de Defesa Social, Dário César, proteção de vida.