Com tudonahora // sidney tenório
Uma fiscalização do Procon apreendeu quase duas toneladas de alimentos vendidos de forma irregular em supermercados de Maceió. A operação durou sete dias e percorreu dez estabelecimentos das grandes redes varejistas. Em todos os locais, os fiscais do órgão encontraram algum tipo de irregularidade. Os supermercados foram autuados e podem receber multa de até R$ 6 milhões.
Segundo o superintendente do Procon, Rodrigo Cunha, os principais alimentos apreendidos foram embutidos, como linguiça, mortadelas e salsichas. Ao todo, foram 1.646 quilos, que estavam expostos à venda fora da temperatura ideal, o que compromete a qualidade do produto. "Estavam numa temperatura de 30 graus quando o recomendado é 22 graus. O mais complicado é que produtos de marcas mais caras estavam estocados na temperatura correta, o que mostra o desrespeito com as classes com menos informação", afirmou.
Também foram apreendidos 88 quilos de enlatados, 52 de carne e pescados, 32 de alimentos ensacados, 9 de laticínios e 3 de bebidas. "As principais irregularidades encontradas foram produtos sendo vendidos fora da validade, sem a data de validade expressa na embalagem ou latas amassadas. Neste caso, o contato do alimento com o metal da lata pode causar graves danos à saúde do consumidor", explicou Rodrigo Cunha.
As apreensões ocorreram em supermercados da rede Bompreço, Cesta de Alimentos, Extra, GBarbosa, Comprebem, Líder, Neto, Ponto Certo e Unicompra. "Isso mostra que o consumidor tem que estar sempre atento porque a irregularidade pode estar em qualquer lugar", destacou o superintendente.
Os produtos apreendidos serão incinerados e os supermercados já foram autuados pelos fiscais do Procon. A multa, de acordo com Rodrigo Cunha, vai de R$ 400 a R$ 6 milhões. Esse valor é calculado com base no tamanho do estabelecimento e a irregularidade constatada. "Vamos manter vigilância permanente nestes supermercados e se houver reincidência a pena pode chegar até ao fechamento da loja", assegurou.
O Procon deve estender a Operação Alimentos, como foi batizada, para outros municípios alagoanos, mas as datas e locais de fiscalização serão mantidos em sigilo para não atrapalhar o trabalho dos fiscais.