O sistema prisional recebeu nessa sexta-feira oito carretas com celas pré-moldadas e passarelas para circulação dos agentes do novo Módulo de Segurança Máxima. A estrutura, montada no mesmo dia, foi fabricada na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul. O Módulo é a aposta da Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) e da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap) para lidar com presos perigosos ou para aqueles reeducandos que precisam de segurança especial.
O módulo vai abrir 96 novas vagas no sistema prisional e vai utilizar o que há de mais avançado na construção de presídios. A estrutura, feita em concreto de alto desempenho, impede a comunicação entre as celas. Os controles de água, energia e abertura das portas são individuais e controlados pela administração da unidade.
Os agentes penitenciários farão a vigilância em plataformas aéreas – sem contado direto com os internos. O custo de operação e manutenção é considerado baixo, em relação a outras presídios.
O Módulo está sendo construído com verba do Fundo Estadual de Segurança Pública e está orçado em dois milhões e meio de reais. Segundo o engenheiro da Sgap, Marconi Araújo, se o módulo fosse construída pelos métodos tradicionais a obra levaria um ano para ficar pronta, mas será realizada em apenas três meses. Outra vantagem é a economia operacional.
O módulo de segurança máxima vai empregar um terço do pessoal necessário para operar um módulo tradicional.
"Como já estamos com quase um mês com as obras inciais acreditamos que a nova unidade será entrega para operação em dois meses", afirmou o engenheiro.
Segurança para quem - O novo módulo vai abrigar líderes de facções criminosas que atuam dentro dos presídios e mantê-los isolados dos demais reeducandos. Segundo o superintendente geral de Administração Penitenciária, tenente-coronel Carlos Luna, agora o sistema penitenciário alagoano terá como lidar com presos de alta periculosidade.
“Vamos desenvolver um controle mais compelto sobre a influência das lideranças criminosas sobre os outros presos. Esse módulo garantirá que não haja comunicação entre esses reeducandos, possibilitando um avanço no combate e neutralização das organizações criminosas”, afirmou Carlos Luna.
"O módulo também poderá ser usado em situações especiais para colocar em segurança presos ameaçados por outros reeducandos dentro dos presídios de Alagoas", explicou o superintendente geral.
