População ainda rejeita aumento de vereadores em Maceió

Depois de duas semanas de discussão - e troca de acusações – que se mostrou inócua, uma vez que a Lei Orgânica do Município já havia sido alterada, prevendo o aumento no número de vereadores para ‘até’ 31 edis, a emenda à lei, ‘descoberta’ pelo vereador Paulo Corintho, encerrou o debate da primeira votação para nova alteração à lei.

Apesar de ter sido dada como consumada a alteração no número de vereadores, o tema segue provocando polêmica entre a população da capital, que questiona a representatividade dos futuros eleitos. O tema também é polêmico entre edis, inclusive o presidente da Casa, que alega a falta de recursos para os novos 'representantes do povo'.

Um dado novo pode provocar ainda mais confusão na Casa de Mário Guimarães, informações de bastidores dão conta que a própria Câmara pode anular a emenda aprovada em 2009, durante a presidência do atual deputado estadual Eduardo Holanda. Para isso, seria necessário que um membro do Legislativo apresentasse uma nova emenda à lei.

Durante a sessão ordinária dessa quinta-feira, dia 1º, o parecer da Procuradoria Geral da Câmara foi apreciado pelos vereadores - a portas fechadas. Posteriormente, o presidente da Casa, Galba Novaes, anunciou que o projeto de 2009 se encontra em plena vigência, sendo desnecessária nova votação.

Apesar da se autodenominar ‘caixa de ressonância’ da população maceioense, a Câmara parece ter destoado do interesse popular quanto à questão do aumento no número de edis. Depois de inúmeras manifestações em contrário, a cidade passa a receber outdoors que expressam o desagrado com a nova composição da casa.

Espalhadas pela cidade, as peças anunciam que Maceió não precisa de mais vereadores e sim de professores, médicos e policiais.