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Justiça
02/09/2011 14:58:03

Dr. Cyro Blater pede imediato retorno do ex-Cel. Cavalcante ao presidio

Dr. Cyro Blater pede imediato retorno do ex-Cel. Cavalcante ao presidio
Ex-ten.cel. em audiência

Com cadaminuto //

 

O ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante, grande líder da Gangue Fardada – grupo de extermínio formado por militares –, deverá voltar à prisão. Esse é o entendimento do Ministério Público Estadual (MPE), que através do promotor da Vara de Execuções Penais, Cyro Blater, entregará um ofício ao juiz José Braga Neto, com a solicitação de anulação do regime semi-aberto que o ex-militar conseguiu no início da semana.

 

Cavalcante foi beneficiado com a decisão, por ter cumprido um sexto da pena e com isso teria direito ao semi-aberto. Mas além da condenação que cumpria, Cavalcante tem a prisão preventiva decretada por outro crime: a morte do caseiro Cristóvão Luis Santos, vulgo ‘Tó’.

 

Cristóvão Luis Santos era caseiro de um desmanche que pertencia a um irmão de Cavalcante e era localizado no Trapiche da Barra, em Maceió, e testemunha de vários crimes praticados pela Gangue Fardada.

 

Em setembro de 2007, ele foi morto com mais de dez tiros quando jogava sinuca com alguns amigos em Santana do Ipanema. O crime foi cometido por Carlos Alberto Capoeira, a mando de Cavalcante. O detalhe é que capoeira também foi morto em uma queima de arquivo no Pará.

 

O crime ainda não teve julgamento, mas no entendimento do juiz Geraldo Amorim, o ex-coronel deverá esperar o andamento do processo no presídio Baldomero Cavalcante. De acordo com o blog do jornalista Ricardo Mota, até o momento está decisão não foi alterada, visto que o recurso impetrado pela defesa ainda não foi julgado pelo desembargador Edvaldo Bandeira Rios que atualmente goza de férias e só deverá retornar aos trabalhos no mês de Outubro.

 

A decisão do juiz José Braga Neto, que responde pela Vara de Execuções Penais de Alagoas, partiu com a constatação de que Cavalcante já cumpriu um sexto da pena a qual foi condenado e foi comunicada ao representante do Ministério Público Estadual, o promotor Cyro Blater.

 

Na manhã da última terça-feira (30), o ex-militar foi levado sob escolta para a sede da Vara, localizada no Campus A.C. Simões, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde participou, acompanhado de seu advogado Douglas Bastos, de uma audiência admonitória, ou seja, onde o magistrado estabelece ao preso as devidas condições para o cumprimento do regime semi-aberto.