Com alagoas24horas // priscylla régia
Os sindicatos e associações representantes dos servidores públicos em Alagoas decidiram conceder um prazo de 12 dias para o Governo do Estado se manifestar sobre o descumprimento de cinco pontos firmado em acordo com a categoria no último mês de junho. A decisão foi tomada em reunião realizada nesta manhã na Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal).
Os representantes de classe não descartam a possibilidade de novas mobilizações, caso o Governo não cumpra com o acordo. Segundo os sindicalistas, até o momento, o Governo só cumpriu o pagamento do reajuste salarial de 7% em parcela única. Contudo, as demais cláusulas do acordo ainda estão em aberto.
"Só cumpriram os 7% e ainda com atraso. Não foram enviados projetos de políticas públicas e as punições ainda não foram tiradas. O problema é não termos uma data definida para resolver todas as questões e com isso, a categoria está sendo prejudicada", afirmou Girlene Lázaro, secretária do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal).
O documento assinado pelo representante do Governo, Alexandre Lages (secretário de Gestão Pública) em 10 de junho deste ano, prevê também a exclusão das punições para os servidores que participaram do movimento grevista, exceto os exageros. Além da formação de uma mesa de negociação permanente com representantes de todas as categorias, o envio de um projeto de lei garantindo a reposição da inflação pela aplicação do IPCA e o ganho real com o crescimento da receita.
O acordo garante ainda a realização de concurso público, o arquivamento do Projeto de Lei que trata sobre a contratação temporária dos servidores e assegura também a continuidade de investimentos públicos nas áreas da saúde, educação, segurança pública e assistência social.
Punições na PM
O ponto alto da reunião foi à discussão em torno da exclusão das punições por parte do Comando da Polícia Militar. Eles acreditam que estão sofrendo perseguição pelo alto escalão da PM, visto que, na Polícia Civil a situação é tratada de forma diferente.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), Josimar Melo, o Delegado Geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco está cumprindo o acordo firmado com o Governo. Barenco já enviou a corregedoria do órgão um ofício contendo o abono das punições.
Para discutir o assunto com o Executivo, os representantes do movimento unificado irão enviar um ofício solicitando uma reunião com o governador Teotônio Vilela Filho a fim de solucionar o problema. Caso o acordo não seja cumprido, a categoria montará uma programação de novas manifestações em Alagoas.