A Procuradoria-Geral da República resolveu encerrar a apuração sobre Jair Bolsonaro, alegando ausência de elementos que justifiquem a continuidade do procedimento investigativo.
A investigação, iniciada após declarações feitas durante uma manifestação em Copacabana, Rio de Janeiro, em março, foi arquivada.
Segundo informações da revista Veja, o procedimento foi instaurado após denúncia protocolada pelo canal do cidadão, que alegava possível infração à democracia com base nas palavras do ex-presidente durante o ato. Na ocasião, ocorrida em 16 de março, apoiadores se reuniram para defender a concessão de anistia aos participantes dos eventos de 8 de janeiro. Bolsonaro, no discurso, dirigiu críticas ao Supremo Tribunal Federal e sugeriu a existência de uma narrativa que buscaria condená-lo.
"O que eles desejam? Uma condenação. Se 17 anos é a punição para os mais humildes, querem justificar 28 anos para mim," declarou Bolsonaro durante a manifestação. A sentença do STF confirmou a previsão inicial de pena de 27 anos e três meses de prisão.
Além disso, Bolsonaro afirmou que não deixaria o país e destacou decisões da Justiça Eleitoral, que o tornaram inelegível até 2030. O Tribunal Superior Eleitoral condenou-o por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação. "Como percebem, a questão da inelegibilidade pode ser alterada.
Afinal, por que me tornaram inelegível? Será que pegaram dinheiro na minha cueca? Alguma quantia escondida no meu apartamento? Algum desfalque em uma estatal? Porque me reuni com embaixadores ou porque usei o carro de som do Silas Malafaia?" questionou o líder da direita no ato.