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Educação
22/12/2025 11:00:00

A Importância da Imaginação Infantil Durante o Natal e o Papel do Envolvimento Familiar

Especialistas destacam os benefícios emocionais e sociais de acreditar no Papai Noel e orientam sobre a transição para a realidade

A Importância da Imaginação Infantil Durante o Natal e o Papel do Envolvimento Familiar

A tradição do Papai Noel vai além do simples simbolismo natalino, desempenhando um papel significativo no crescimento emocional e social das crianças, conforme explicam educadores especializados.

Eles ressaltam que a participação nesta fantasia pode estimular habilidades como criatividade, autonomia e organização emocional, além de favorecer a formação de narrativas próprias pelas crianças.

Durante o período festivo, muitas famílias se perguntam sobre o momento ideal para revelar aos pequenos a verdade sobre o personagem. Os especialistas aconselham que não há uma resposta única, pois o mais importante é compreender os impactos que essa fantasia tem na fase de desenvolvimento infantil e respeitar o tempo de cada criança.

Pesquisas recentes publicadas em periódicos como Aracê e Revista Tópicos evidenciam que o contato com histórias imaginativas, incluindo contos de fadas e narrativas fantásticas, contribui significativamente para aprimorar a linguagem, fortalecer a cognição e promover habilidades sociais durante a infância.

Segundo Andréa Piloto, coordenadora pedagógica na Escola Vereda, experiências tradicionais como a do Papai Noel auxiliam as crianças a enfrentarem dilemas internos e a formarem suas próprias interpretações sobre o mundo. Ela destaca que acreditar no bom velhinho estimula a capacidade de imaginar, refletir sobre atitudes e criar histórias, fortalecendo a autonomia e a criatividade ao longo do tempo. Além do aspecto lúdico, o Natal é uma excelente oportunidade para ensinar valores essenciais, como paciência, generosidade e respeito.

A figura de um personagem previsível, que representa boas ações, pode gerar uma sensação de segurança emocional, ajudando as crianças a organizarem suas emoções em uma fase marcada por intensas descobertas sociais. Contudo, especialistas alertam contra o uso inadequado da fantasia. Mateus Lopes, diretor pedagógico da unidade de Santo André na Escola Vereda, enfatiza que o Papai Noel não deve ser utilizado como ferramenta de punição.

Ele explica que relacionar o comportamento das crianças à ameaça de ausência de presentes pode gerar insegurança e confusão emocional, enquanto que o ensino de limites e consequências deve ocorrer por meio de outras estratégias. Quanto ao momento do fim da fantasia, relatos de profissionais indicam que, usualmente, as próprias crianças começam a questionar a existência do personagem por volta dos oito anos.

Nesse estágio, recomenda-se que os adultos não mintam, mas ajudem os pequenos a refletirem, respeitando seu ritmo e maturidade. Andréa Piloto reforça que o papel da família e da escola é permitir que a criança vivencie essa fase enquanto ela fizer sentido para ela, apoiando a transição quando surgirem dúvidas.