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América Latina
22/12/2025 00:00:00

EUA intensificam operações marítimas ao interceptar terceiro navio de petróleo próximo à Venezuela em apenas duas semanas

A medida faz parte da estratégia de pressão americana contra o governo de Nicolás Maduro, e ocorre após duas ações similares em dias recentes

EUA intensificam operações marítimas ao interceptar terceiro navio de petróleo próximo à Venezuela em apenas duas semanas

Na tarde deste domingo (21), as forças navais americanas interceptaram um petroleiro em águas internacionais próximas à costa venezuelana, marcando a terceira intervenção de características similares em um período de dez dias.

A operação, confirmada pelas agências Bloomberg e Reuters, ocorre logo após duas ações anteriores e reforça a estratégia de máxima pressão adotada pelos Estados Unidos contra o regime de Nicolás Maduro.

De acordo com informações iniciais, a embarcação interceptada foi identificada pela Bloomberg como Bella 1. Com bandeira do Panamá, o navio seguia em direção à Venezuela com a missão de fazer um carregamento quando foi interceptado.

Relatos indicam que a Guarda Costeira dos EUA teria perseguido a embarcação, embora detalhes precisos sobre sua localização e o momento exato da apreensão não tenham sido divulgados.

Fontes do governo americano, que preferiram manter anonimato, confirmaram que a ação foi coordenada em consonância com as recentes sanções econômicas impostas por Washington. A Casa Branca, inclusive, anunciou a imposição de um “bloqueio total” a qualquer petroleiro sob sanção que entre ou saia das águas venezuelanas. A escalada das tensões no Caribe aumentou consideravelmente nos últimos dias, com as seguintes ações:

- 10 de dezembro: a captura do petroleiro Skipper, que possuía ligações com o organização terrorista Irã; - Sábado (20 de dezembro): apreensão do navio Centuries; - Domingo (21 de dezembro): interceptação do Bella 1. Sobre a operação do sábado, Kristi Noem, secretária de Segurança Interna dos EUA, confirmou a apreensão do navio em suas redes sociais, alegando que o país continuará combatendo o transporte ilícito de petróleo utilizado para financiar o que ela chamou de “narcoterrorismo” na região. Interessantemente, fontes indicaram que o navio capturado no sábado não constava na lista oficial de embarcações sancionadas, diferentemente do que ocorreu neste domingo. A reação do governo venezuelano não tardou: classificado como “pirataria internacional”, o episódio foi condenado pelo presidente Nicolás Maduro, que chamou a ação de uma campanha de “terrorismo psicológico”.

Em um comunicado oficial, Maduro afirmou que a Venezuela sofre agressões de “corsários que atacam petroleiros”, ressaltando que o país está preparado para responder e acelerar sua revolução, embora não tenha mencionado especificamente o incidente envolvendo o Bella 1. O regime venezuelano já declarou anteriormente que atos como esses não ficarão impunes, considerando o bloqueio americano uma ameaça irracional.