21/12/2025 05:30:46

Acidente
01/12/2025 00:00:00

Em operação Estados Unidos realizam ntercepam navio venezuelano

A ação ocorre em meio ao aumento da pressão de Washington sobre Caracas, após anúncios de bloqueios e sanções

Em operação Estados Unidos realizam ntercepam navio venezuelano

Na manhã deste sábado (20), autoridades norte-americanas interceptaram e apreenderam um navio ao largo das águas próximas à Venezuela, ampliando sua ofensiva contra o governo de Nicolás Maduro.

A ação faz parte de uma estratégia de fortalecimento das sanções econômicas e militares, impulsionada pela administração do presidente Donald Trump. A confirmação do confisco veio da secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, que utilizou a plataforma X para afirmar: "Os Estados Unidos vão continuar combatendo o movimento ilícito de petróleo sancionado, que é utilizado para financiar atividades de narcoterrorismo na região".

Este episódio marca o segundo incidente conhecido envolvendo a apreensão de uma embarcação na área venezuelana em dezembro, e o primeiro desde que Trump anunciou um suposto "bloqueio" contra petroleiros sancionados que operam na rota de entrada e saída do país.

Especificamente, o petroleiro denominado Skipper foi detido em 10 de dezembro. Apesar de a ordem presidencial direcionar sanções aos navios sob embargo, fontes próximas ao governo dos EUA afirmaram que a embarcação interceptada neste sábado não se encontrava sob sanções vigentes, e sua tripulação não apresentou resistência ao procedimento.

Segundo informações, o navio de bandeira panamenha, que transportava petróleo venezuelano com destino à Ásia, foi apreendido por estar envolvido em atividades relacionadas ao transporte de petróleo de origem venezuelana. A operação foi conduzida pela Guarda Costeira dos EUA, com apoio do Pentágono, em águas internacionais, sem que autoridades de Caracas tenham sido notificadas.

O evento reforça a estratégia de pressão de Washington sobre a Venezuela, que já sofre com sanções que limitam sua indústria petrolífera. Além das ações navais, o governo Trump mobilizou uma força militar considerável na região, incluindo o envio de um porta-aviões, além de realizar ataques a suspeitos de tráfico de drogas e ameaçar diretamente Nicolás Maduro.

Até o momento, os militares americanos contabilizaram a destruição de 29 embarcações de traficantes e a morte de 104 suspeitos, sob o argumento de combater o fluxo ilegal de drogas e migrantes oriundos do país caribenho. Essas ações acontecem em meio às declarações do ex-presidente, que enfatizaram a intenção de bloquear o petróleo venezuelano, considerado por Washington um bem roubado dos Estados Unidos. A estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), principal operadora do setor petrolífero nacional, sofre com a redução de sua produção devido às sanções internacionais. A única companhia estrangeira autorizada a atuar na Venezuela é a Chevron, que opera mediante licença e paga uma porcentagem de sua produção à estatal local.

Apesar de possuir as maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela enfrenta dificuldades operacionais significativas, operando bem abaixo de sua capacidade total de extração. Grande parte do petróleo produzido é destinada à China, devido às restrições impostas pelas sanções.

A Venezuela condenou veementemente as medidas de Trump, classificando-as como "ameaças graves e imprudentes". Caracas reafirmou seu compromisso de defender a soberania nacional e seus interesses estratégicos, apesar do aumento da pressão internacional e das ações de intervenção por parte dos Estados Unidos.