Portugal e Ucrânia firmam parceria para fabricação de drones militares

Durante sua primeira visita oficial a Kiev como chefe de governo, o premier português, Luís Montenegro, comprometeu-se a participar de futuras missões de manutenção da paz na Ucrânia, além de reforçar a presença de Portugal no país.

Na assinatura de um novo pacto nesta semana, Portugal e Ucrânia oficializaram a colaboração na produção de drones marítimos, em um evento que contou com a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy e do primeiro-ministro português Luís Montenegro. Esta foi a primeira visita de Montenegro à Ucrânia na condição de líder do executivo português.

De acordo com o conselheiro de Zelenskyy, Alexander Kamyshin, que divulgou a informação na rede social X, esses veículos aéreos terão capacidade de combate contra submarinos russos e serão utilizados tanto pela Ucrânia quanto por Portugal. Os detalhes referentes à localização da fabricação e os valores do acordo ainda não foram tornados públicos.

Montenegro afirmou que, no campo dos veículos não tripulados, Portugal e Ucrânia possuem conhecimentos que estão na liderança mundial atualmente. Durante uma coletiva de imprensa conjunta, o premier português também ressaltou que Portugal planeja contribuir para eventuais missões de paz na Ucrânia, mas somente após o fim do conflito, reforçando que a participação de Portugal não envolve tropas terrestres.

Na manhã de sábado, Montenegro chegou a Kiev de trem, cumprindo a promessa de visitar o país, aproximadamente um ano e meio após Zelenskyy ter visitado Portugal. Ao desembarcar, o líder português destacou a importância da viagem, especialmente por se tratar de uma nação em guerra, e reforçou o apoio de Portugal ao País, enfatizando que "a relação entre o povo português e a Ucrânia é marcada por uma solidariedade e um sentimento de empatia por sua dor, que é única".

O primeiro-ministro português também relembrou o acordo assinado durante a visita de Zelenskyy, em 28 de maio de 2024, destacando a parceria e a aliança firmadas entre os dois países.

Ele ressaltou a importância de continuar esse trabalho em um momento decisivo, no qual é fundamental promover solidariedade e força tanto na União Europeia quanto na Ucrânia. Montenegro mencionou, ainda, a presença de dezenas de milhares de ucranianos que escolheram Portugal para residir, alguns buscando oportunidades durante a guerra, outros refugiados que encontraram proteção e integração no país.

Ao chegarem em Kiev, Montenegro e Zelenskyy prestaram homenagem aos soldados ucranianos que perderam suas vidas na guerra iniciada com a invasão russa em 2022, enfatizando a união e o apoio mútuo diante do conflito.