Forças de Segurança de Alagoas Realizam Operação que Resulta na Prisão de Quatro Suspeitos em Diversas Cidades

Na manhã desta quinta-feira (11), as forças de segurança do estado de Alagoas, por meio da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), desencadearam uma grande operação que culminou na detenção de quatro indivíduos investigados por delitos severos, incluindo homicídio, estupro de vulnerável e agressões fatais.

As ações aconteceram em diferentes municípios, como Delmiro Gouveia, Palmeira dos Índios, Campo Alegre e Coité do Nóia. Sob coordenação dos delegados Thales Araújo, chefe da Dinpol, e Bárbara Porto, sua vice, os agentes cumpriram mandados judiciais que resultaram na captura de suspeitos, destacando-se um homem de 50 anos, acusado de abusar sexualmente de sua própria enteada e de uma vizinha.

Este homem responde por dois processos distintos, possuindo uma condenação anterior de 11 anos e 8 meses de prisão. De acordo com os registros, o primeiro abuso aconteceu em 2017, quando o suspeito praticou atos libidinosos e manteve relações sexuais com a enteada, na época com cerca de 8 a 9 anos, aproveitando-se da ausência da mãe da criança.

Já o segundo incidente ocorreu em 2020, quando a vítima, então com 13 anos, revelou que o agressor exibiu suas partes íntimas, se deitou sobre ela para fins sexuais e a ameaçou com uma arma de fogo para que ela não contasse a ninguém.

As investigações indicam que esses abusos começaram quando a garota ainda tinha apenas cinco anos. Após permanecer foragido por três anos, o suspeito foi localizado por equipes da Dinpol em uma residência no bairro Bom Sossego, em Delmiro Gouveia. Posteriormente, ele foi levado ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da cidade, onde passou pelos procedimentos legais e aguardou pela audiência de custódia perante a Justiça.

Outro detido na operação foi uma mulher acusada de torturar seus próprios filhos. Em maio de 2019, o avô paterno das crianças registrou queixas na 1ª Delegacia Regional de Polícia de Delmiro Gouveia, relatando maus-tratos por parte da mãe biológica e do padrasto dos adolescentes.

Os adolescentes relataram que frequentemente eram amarrados, com cabos de vassoura presos atrás dos joelhos, tendo as mãos imobilizadas e pedaços de pano sobre as bocas, na tentativa de impedir que os vizinhos escutassem seus gritos. As agressões, segundo os relatos, envolviam o uso de fios, correntes de bicicleta, cabos de vassoura e até imersão das cabeças na pia cheia de água, causando ferimentos e sofrimento contínuo por parte da mãe e do padrasto.

A operação reforça o compromisso da Polícia Civil de Alagoas em aprofundar investigações de crimes graves e combater a violência em todos os rincões do estado, garantindo a responsabilização de indivíduos envolvidos em atos criminosos.