Confronto intenso entre forças de segurança e facção criminosa resulta em veículos incendiados no RJ

Na última quinta-feira (11), uma ação conjunta envolvendo aproximadamente mil agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar do Rio de Janeiro foi desencadeada na zona norte de São Gonçalo, mais precisamente no Complexo do Salgueiro. Este procedimento faz parte da série de operações intituladas 'Contenção', que visam frear a expansão do tráfico de drogas do grupo criminoso conhecido como Comando Vermelho (CV).

Durante a operação, ordens de prisão e de apreensão de materiais foram cumpridas em diferentes pontos do complexo, que tem sido palco de confrontos violentos. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram veículos em chamas no meio do tiroteio, enquanto as forças de segurança tentam controlar a situação.

Segundo o governador Cláudio Castro, o governo estadual mantém uma estratégia de ações táticas e coordenadas para combater o avanço das facções criminosas. Em sua declaração, ele afirmou: "Não aceitaremos ações de organizações criminosas que colocam em risco a segurança da população. Nosso esforço é constante, com ações integradas e de alta intensidade".

Essa operação é uma continuidade de uma série de ações estratégicas realizadas recentemente. Em 28 de novembro, uma megaoperação conjunta nas comunidades do Alemão e da Penha deixou mais de 100 suspeitos mortos, com o objetivo de conter o crescimento territorial do CV, conforme divulgado pelo governo do estado.

Além dessas ações, a Polícia Federal (PF) lançou, no dia 8, a Operação Tredo, focada na investigação de agentes públicos suspeitos de collaborar com o comando criminoso. A operação, autorizada pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio, resultou na emissão de 11 mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão, que foram cumpridos pelos federais.

Entre os detidos na operação, estão dois sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro, incluindo um que já tinha sido alvo em ações anteriores de combate ao crime. Um integrante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), responsável pela escalação das equipes de intervenção, também está sob investigação.

Recentemente, notícias apontam para uma mulher encontrada sem vida, dentro de uma lixeira, com as mãos e pés amarrados. Essa ocorrência reforça a escalada de violência e a complexidade do enfrentamento às organizações criminosas na região.