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Acidente
08/12/2025 22:00:00

Alerj decide por libertar Rodrigo Bacellar após internação preventiva

Decisão ocorreu após votação unânime entre os deputados na sessão de segunda-feira

Alerj decide por libertar Rodrigo Bacellar após internação preventiva

Na tarde desta segunda-feira (8), a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realizou uma votação que resultou na revogação da prisão temporária do presidente do órgão, Rodrigo Bacellar (União Brasil).

A detenção de Bacellar ocorreu na última quarta-feira (3), sob suspeita de ter divulgado informações sigilosas relacionadas à operação que culminou na prisão do ex-deputado Thiego Raimundo, popularmente conhecido como TH Joias. O projeto de resolução propondo a liberdade de Bacellar foi apresentado ao plenário às 15h, com a participação de todos os 69 deputados presentes na sessão.

A maioria dos legisladores aprovou a medida, com 42 votos favoráveis, 21 contrários, duas abstenções, três ausências e um deputado licenciado. A decisão contou com o apoio do quórum necessário para sua validação. Antes da votação, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa aprovou, por um placar de 4 a 3, a proposta de Rodrigo Amorim (União Brasil) de revogar a prisão de Bacellar.

Este fato antecedeu a deliberação plenária. Durante a prisão, Guilherme Delaroli (PL), primeiro vice-presidente da Alerj, que é considerado aliado próximo de Bacellar, assumiu temporariamente a administração da Assembleia. Unido pelo bloco de partidos União Brasil e PL, que juntos representam 28 cadeiras na Assembleia, eles exerceram o comando provisório da instituição.

A prisão de Bacellar ocorreu no contexto da Operação Unha e Carne, desencadeada enquanto ele dava depoimento à Polícia Federal. As investigações indicam que Bacellar foi informado com antecedência sobre a operação, que tinha como alvo o ex-deputado Thiego Raimundo, suspeito de vínculos com organizações criminosas. Além disso, documentos judiciais revelam que Bacellar teria alertado Thiego sobre a operação e apontado elementos que poderiam ser utilizados como provas no processo.

Mensagens apreendidas nos autos mostram que TH comunicou Bacellar sobre sua intenção de trocar de número de telefone, ao passo que Bacellar respondeu com uma figurinha, demonstrando conhecimento prévio da mudança. Na manhã da operação Zargun, quando ela foi desencadeada, Thiego enviou a Bacellar imagens do sistema de segurança de sua residência e também repassou os contatos de sua advogada, reforçando as suspeitas de trocas de informações confidenciais.