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Saúde
22/11/2025 01:00:00

Profissionais de saúde ameaçam reduzir atendimentos em unidades de emergência devido a atrasos salariais persistentes

Reunião decisiva prevista para esta semana pode culminar em paralisações nos serviços de urgência na cidade

Profissionais de saúde ameaçam reduzir atendimentos em unidades de emergência devido a atrasos salariais persistentes

Na próxima terça-feira, dia 25, às 19h, os médicos responsáveis pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Dr. Ismar Gatto e Galba Novaes, situadas, respectivamente, nos bairros do Jacintinho e Tabuleiro, realizarão uma assembleia na sede do Sindicato dos Médicos.

Essas unidades, geridas pela empresa In Saúde, estão enfrentando dificuldades devido ao atraso no pagamento de seus profissionais. Durante a reunião, será avaliada a possibilidade de reduzir o volume de serviços oferecidos, uma vez que, após negociações para regularizar pendências financeiras, a última liberação de recursos ocorreu na sexta-feira passada, cobrindo apenas metade dos salários referentes aos meses de agosto e setembro.

Ainda há valores pendentes de pagamento de 50% de setembro, além das folhas completas de outubro e uma parcela de novembro, cujo vencimento está iminente. A Secretaria de Saúde (Sesau) não indica perspectivas favoráveis quanto à quitação dos valores devidos à In Saúde, que, por sua vez, continua realizando pagamentos fracionados como medida paliativa.

Há uma forte possibilidade de que os profissionais decidam por um protesto, podendo incluir a suspensão parcial ou total do atendimento. Aguardamos, portanto, o resultado da assembleia, afirmou Sílvia Melo, presidente do Sindicato dos Médicos.

Ela destacou que a entidade mantém total apoio aos colegas e que todos os esforços de sensibilização junto ao governo foram realizados, embora sem sucesso até o momento. "Quem trabalha na área de saúde deve receber seus salários pontualmente. Já toleramos demais esse silêncio, enquanto todos continuam atuando como se nada estivesse acontecendo.

Se a gestão pública não valoriza a saúde, deve arcar com as consequências", desabafou, demonstrando frustração com a inércia das autoridades perante essa grave crise.

Com assessoria