Na quarta-feira (12), o plenário do Senado Federal validou a nomeação de Paulo Gonet Branco para comandar novamente a Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão foi tomada com 45 votos a favor e 26 contra, após o processo de avaliação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Este procedimento marca a continuidade do mandato de Gonet, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assegurando sua permanência na chefia da instituição até o ano de 2027. A votação marca o encerramento da fase de recondução do atual procurador-geral.
Antes da decisão, Gonet passou por uma sabatina com senadores na CCJ, na qual abordou tópicos como a autonomia do Ministério Público Federal, estratégias de combate à corrupção, a preservação da democracia e a relação institucional com o Poder Executivo.
Durante a sessão, Gonet reforçou seu compromisso com a independência do órgão e afirmou que pretende conduzir suas atividades de forma técnica e equilibrada enquanto estiver à frente da PGR.
Com experiência sólida no Ministério Público Federal, Gonet é reconhecido pela postura discreta e por seu conhecimento jurídico. Ele também é fundador do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), criado ao lado do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Sua trajetória concentra-se na área de direito constitucional há várias décadas.
Desde setembro de 2023, Gonet vinha exercendo a função de forma interina, após o término do mandato de Augusto Aras. Com a aprovação do Senado, seu nome será oficialmente confirmado pelo presidente Lula, para um mandato de dois anos.