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Saúde
07/11/2025 12:00:00

Sinais de Desidratação Além da Boca Seca: 12 Indícios que Você Precisa de Hidratação Urgente

Fadiga, irritabilidade e tontura podem indicar que seu corpo está clamando por líquidos. Especialistas explicam os perigos de não manter níveis adequados de hidratação

Sinais de Desidratação Além da Boca Seca: 12 Indícios que Você Precisa de Hidratação Urgente

Você já consumiu água hoje? Manter-se hidratado é fundamental para o funcionamento saudável do corpo, porém muitos deixam passar sinais que vão além da simples sensação de boca seca. A nutricionista Vanessa Furstenberger e a endocrinologista Tassiane Alvarenga esclarecem, em entrevista a imprensa, quais são os sintomas imediatos que indicam baixa ingestão de líquidos, alertando para riscos que vão desde fadiga persistente até complicações renais severas.

Água é um componente essencial que garante o funcionamento adequado de todos os órgãos. Ela regula a temperatura corporal, facilita o transporte de nutrientes, ajuda na eliminação de toxinas e assegura o funcionamento pleno de órgãos vitais, como os rins e o cérebro.

Quando a quantidade de água consumida é insuficiente, o organismo envia sinais claros de desidratação. E, muitas vezes, sentir sede é apenas o começo; na realidade, ao surgir esse sentimento, a desidratação pode já estar avançada.

Sintomas iniciais: sinais que não podem ser ignorados

Comum no cotidiano, o cansaço ou a dificuldade de concentração podem ser na verdade pedidos de socorro do corpo por líquidos. A ingestão inadequada de água afeta o equilíbrio dos fluidos corporais e o volume de sangue circulante.

De acordo com Vanessa Furstenberger, especialista pós-graduada em Emagrecimento e Metabolismo, esses sinais de curto prazo são variados e merecem atenção. "A desidratação pode causar 1) fadiga excessiva, 2) mudanças de humor, 3) mal-estar, 4) pele e mucosas ressecadas, 5) sonolência[...] e 6) dores de cabeça", ela explica.

A sensação de fadiga é frequentemente o primeiro alerta. Com menos água, o volume sanguíneo diminui, obrigando o coração a trabalhar mais para distribuir oxigênio e nutrientes às células, o que gera cansaço generalizado e baixa energia.

Já a cefaleia, bastante comum, é resultado do fato de que o cérebro é composto por aproximadamente 75% de água, sendo altamente vulnerável à desidratação. A perda de líquidos provoca uma ligeira contração dos tecidos cerebrais, resultando em tensão e dor. Além disso, tontura e diminuição do desempenho físico e mental também aparecem como consequências.

Alterações no humor, como irritabilidade e indisposição, também indicam baixa hidratação. Isso ocorre porque a redução de líquidos afeta os níveis de serotonina no cérebro, influenciando diretamente o bem-estar emocional.

A pele, maior órgão do corpo, depende da hidratação para manter elasticidade e uma barreira eficiente. Quando desidratado, o corpo prioriza órgãos vitais, como o coração e o cérebro, retirando água de áreas menos essenciais, como a pele e mucosas, tornando-os ressecados e evidentes.

Segundo Tassiane Alvarenga, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), essa redistribuição de líquidos prejudica todo o sistema, agravando o quadro geral.

Se esses sinais iniciais forem ignorados, a baixa ingestão de líquidos pode evoluir para problemas mais graves, afetando diversos sistemas do corpo.

Vanessa Furstenberger destaca sintomas de médio prazo, como 7) constipação e 8) dores nas articulações. A constipação ocorre porque o intestino grosso retira o máximo de água das fezes para tentar manter a hidratação, tornando as evacuações ressecadas e difíceis.

As dores articulares surgem também por falta de líquido, uma vez que a água é fundamental para lubrificar as cartilagens das articulações. Sem essa lubrificação, o atrito aumenta, causando desconforto e dor.

Além disso, o risco de formação de cálculos renais e infecções do trato urinário é elevado. A urina concentrada favorece a proliferação de bactérias e a cristalização de minerais nos rins, aumentando as chances de problemas graves.

No longo prazo, a negligência na hidratação pode levar a complicações de saúde severas, indo além dos sintomas iniciais.

O estresse constante nos rins por trabalhar sob condições de sangue mais denso pode gerar insuficiência renal definitiva. Outros efeitos incluem uma considerável queda na capacidade de memória e raciocínio, além de maior vulnerabilidade a infecções, devido ao enfraquecimento do sistema imunológico.

Problemas adicionais incluem dificuldades na regulação da temperatura corporal, elevando o risco de hipertermia, e envelhecimento precoce da pele, que perde elasticidade de maneira irreversível.