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Acidente
31/10/2025 02:59:00

Decisão do STF Ordena Início do Cumprimento da Pena de Mauro Cid e Remove a Tornozeleira Eletrônica

Ex-assessor de Bolsonaro terá que cumprir regime aberto após decisão de Moraes, que também marcou uma audiência para formalizar as condições do seu cumprimento de pena

Decisão do STF Ordena Início do Cumprimento da Pena de Mauro Cid e Remove a Tornozeleira Eletrônica

O ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o tenente-coronel Mauro Cid, antigo assessor de Jair Bolsonaro, comece imediatamente a cumprir sua sentença penal. Essa decisão oficializa a condenação de dois anos em regime aberto, emitida pela Primeira Turma do STF durante as investigações relacionadas ao suposto plano de golpe.

A determinação ocorreu após a defesa de Cid decidir não interpor recursos contra a acusação, fazendo com que a sentença se tornasse definitiva, ou seja, transitada em julgado.

Para cumprir a pena em regime aberto, Mauro Cid deverá seguir uma série de restrições impostas por Moraes. Entre as obrigações estabelecidas, estão o recolhimento domiciliar no período noturno, das 20h às 6h, e a permanência em sua residência durante todos os fins de semana e feriados. Além disso, o ex-assessor está proibido de usar redes sociais e de manter contato com outros investigados no caso.

Ele também deverá se apresentar semanalmente à Justiça e tem sua posse de arma de fogo suspensa. Uma etapa importante inclui a convocação de Cid para uma audiência admonitória, agendada para a próxima terça-feira no STF.

O objetivo será formalizar as condições da sua pena e orientá-lo sobre o cumprimento das medidas. Após essa audiência, Moraes determinou que a tornozeleira eletrônica utilizada pelo militar seja removida. A redução da pena e as condições impostas resultam do acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid com a Polícia Federal, que foi homologado pelo STF.

Este acordo permitiu a concessão de benefícios legais, que contribuíram para uma redução significativa na punição imposta ao ex-assessor. Adicionalmente, Moraes solicitou a emissão de uma certidão que detalhe o período em que Cid esteve em prisão preventiva, de modo que esse tempo possa ser descontado da pena total, potencialmente reduzindo o prazo de cumprimento das restrições.

Essas medidas visam garantir uma execução penal mais branda, reconhecendo a colaboração de Mauro Cid nas investigações e ajustando o andamento do processo penal de acordo com os benefícios legais concedidos.