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Gustavo Petro critica operação policial no Rio de Janeiro e compara com ações de guerra

Líder colombiano publica imagens chocantes e denuncia aumento da violência na política brasileira

Gustavo Petro critica operação policial no Rio de Janeiro e compara com ações de guerra

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, utilizou suas redes sociais para compartilhar um vídeo que mostra corpos alinhados após uma ação policial de grande escala no Rio de Janeiro, qualificando o episódio como uma "barbárie".

Em sua publicação, Petro comentou que "a luta contra as organizações criminosas não passa de selvageria — o universo da morte está dominando a esfera política".

Ele também comparou a operação às ações militares na Colômbia, destacando que "seguindo os passos de Bolsonaro, Cláudio Castro, governador do Rio, deixou 132 mortos em operações nas favelas, semelhantes à operação na Comunidade 13 de Medellín".

A iniciativa conhecida como Operação Orion, iniciada em outubro de 2002 na comunidade de Medellín com o objetivo de retomar áreas sob domínio de guerrilhas, foi citada por Petro como uma referência histórica.

Segundo o governo estadual do Rio de Janeiro, a ação contra o Comando Vermelho resultou na morte de 119 pessoas. Em consequência, representantes diplomáticos de países como Estados Unidos, México, França e Alemanha emitiram alertas de segurança para seus cidadãos na cidade.

O episódio também provocou reações internacionais. O secretário-geral da ONU, António Guterres, por meio do porta-voz Stéphane Dujarric, manifestou-se profundamente preocupado com o elevado número de vítimas, destacando que o uso da força deve seguir os padrões internacionais de direitos humanos e solicitando uma investigação urgente.

Além disso, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos endossou a necessidade de uma "reforma policial abrangente" no Brasil, especialmente após a operação mais letal da história do estado contra o Crime Vermelho.

Volker Türk, alto comissário da ONU, reconheceu os desafios de combater grupos criminosos altamente organizados, porém criticou a quantidade de operações que resultam em muitas mortes, sobretudo entre pessoas de origem africana, levantando dúvidas sobre a condução dessas ações.