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Dramáticos Incidentes no Pacífico: EUA Intensificam Operações e Aumentam a Tensão com Venezuela

Ataques militares contra embarcações suspeitas de tráfico e demonstrações de força aérea elevam o clima de conflito na região

Dramáticos Incidentes no Pacífico: EUA Intensificam Operações e Aumentam a Tensão com Venezuela

Nos últimos incidentes no Oceano Pacífico, forças armadas dos Estados Unidos conduziram operações contra pelo menos uma dezena de embarcações, alegadamente envolvidas no transporte ilícito de drogas, resultando na morte de 43 indivíduos.

Esses ataques, ocorridos em águas internacionais, visaram supostos 'narcoterroristas' que trafegavam com drogas rumo ao território norte-americano, conforme declaração do secretário de Defesa, Pete Hegseth.

Na terça-feira (28/10), Hegseth afirmou que as ações militares mataram 14 pessoas e que, durante os confrontos, apenas um sobrevivente foi localizado.

O chefe do Pentágono explicou que as operações envolveram quatro embarcações distintas, com oito homens mortos no primeiro ataque, quatro no segundo e outros três no terceiro.

Ressaltou ainda que nenhuma das forças americanas sofreu ferimentos e que os ataques ocorreram em áreas sob jurisdição internacional. Hegseth também descreveu os ataques como uma medida de 'proteção nacional', justificando-os pelo fato de os EUA terem passado mais de duas décadas defendendo outros países.

Ele afirmou que esses narcotraficantes causaram mais mortes de americanos do que a organização terrorista Al-Qaeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001, que ceifaram aproximadamente três mil vidas nos EUA. Importante notar que, até o momento, não há confirmação independente da identidade das vítimas ou provas concretas de que os barcos estavam envolvidos com o tráfico de drogas.

Desde o começo de setembro, essas operações já resultaram na perda de mais de 50 vidas, embora haja a ausência de evidências substanciais fornecidas por Washington de que os veículos utilizados realmente transportavam drogas.

Especialistas em direitos humanos da Organização das Nações Unidas alegam que tais ataques violam o direito internacional, uma preocupação que cresce à medida que a violência no Caribe e no Pacífico se intensifica.

Na segunda-feira, um aumento na tensão entre EUA e Venezuela foi evidenciado com a realização de duas missões aéreas. Dois bombardeiros B-1B, decolando de uma base em Dakota do Norte, sobrevoaram o Caribe próximo à costa venezuelana, configurando a terceira demonstração militar desse tipo nas últimas semanas.

Dados do serviço de rastreamento de voos, Flightradar24, mostraram os aviões voando paralelamente à linha costeira venezuelana antes de se retirarem da visão. Estas ações seguem a passagem de outros bombardeiros, incluindo um B-1B na semana passada e um B-52 no início do mês, indicando a estratégia de Washington de pressionar o governo de Nicolás Maduro.

Nos últimos dias, o Pentágono enviou o navio de mísseis USS Gravely e o maior porta-aviões do mundo, USS Gerald R. Ford, ao mar do Caribe, reforçando sua postura de força contra o regime venezuelano. Maduro acusa os Estados Unidos de 'fabricar' uma guerra, enquanto Washington rejeita as vitórias eleitorais do líder venezuelano em 2018 e 2024, alegando fraudes.

A Venezuela, por sua vez, denuncia uma conspiração norte-americana para derrubar seu governo, enquanto o país nega as acusações de envolvimento com o narcotráfico feitas por Washington, acusando os EUA de criar conflitos políticos com fins estratégicos.