29/10/2025 13:28:32

Geral
29/10/2025 03:00:00

TV Gazeta de Alagoas busca nova intervenção judicial para manter vínculo com a Globo

Em denúncia ao Supremo, emissora alerta para risco de colapso financeiro devido ao fim do contrato de afiliação

TV Gazeta de Alagoas busca nova intervenção judicial para manter vínculo com a Globo

Nesta terça-feira, a TV Gazeta, sediada em Alagoas e vinculada à Organização Arnon de Mello (OAM), protocolou uma nova petição no Supremo Tribunal Federal (STF) tentando reverter a decisão que encerrou seu contrato de afiliação com a Globo.

O documento foi enviado diretamente ao presidente da Corte, ministro Edson Fachin, e pede uma análise prioritária de um recurso que busca suspender os efeitos da decisão do ministro Luís Roberto Barroso.

Em 25 de setembro, Barroso autorizou o cancelamento definitivo do vínculo, que já havia expirado, permitindo que a Globo firmasse uma nova parceria com outra emissora no estado.

Essa decisão contrariou orientações anteriores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que garantiram a renovação obrigatória do contrato entre as duas empresas. Na petição mais recente, os representantes da TV Gazeta alertam que a suspensão do relacionamento prejudica a saúde financeira da emissora. Eles destacam que a ausência do contrato ameaça a capacidade de pagar salários e cumprir outras obrigações essenciais.

"Se a decisão não for revista até 30 de outubro, o direito das partes agravantes poderá ser perdido, pois os recursos advindos da parceria são vitais para o cumprimento de obrigações imediatas", declara o documento.

Segundo informações do jornalista Carlos Madeiro, do portal UOL, a emissora enfrenta previsão de déficit de R$ 2,7 milhões a partir de outubro caso perca a receita gerada pelo acordo com a Globo.

A expectativa inicial era arrecadar aproximadamente R$ 5,7 milhões. Atualmente, a TV Gazeta conta com 209 funcionários, incluindo contratados, prestadores de serviço e encargos, cujo custo mensal é de aproximadamente R$ 1,7 milhão.

A Organização Arnon de Mello (OAM), responsável pelo controle do grupo, emprega mais de 150 trabalhadores que também poderiam ser afetados pela crise. Os representantes argumentam que manter a suspensão do contrato pode levar a um colapso financeiro da empresa, com demissões em massa e a inviabilidade de suas funções sociais, o que viola os princípios da recuperação judicial.

"A continuidade da suspensão coloca a operação da emissora em risco real, prejudicando sua estabilidade e o cumprimento de suas obrigações", reforça a petição protocolada no STF.

*Com informações do UOL*