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28/10/2025 07:00:00

Defesa de ex-presidente afirma que desligamento da tornozeleira ocorreu por 'evento acidental'

Relato foi feito ao STF após a quebra do monitoramento, considerado um incidente não intencional

Defesa de ex-presidente afirma que desligamento da tornozeleira ocorreu por 'evento acidental'

A equipe de defesa do ex-chefe de Estado Fernando Collor de Mello, atualmente em regime de prisão domiciliar desde 1º de maio, comunicou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a desconexão do sistema de monitoramento eletrônico foi um 'evento inesperado'.

A notícia foi confirmada pelo portal G1. Segundo a defesa, 'não há qualquer fundamento para suspeitar que Collor, beneficiado com uma medida de prisão domiciliar de caráter humanitário, tivesse a intenção de desobedecer às restrições impostas logo no início do regime.

Trata-se, na visão deles, de um simples acidente causado por informações incompletas enviadas ao sistema de monitoramento'. A explicação foi fornecida após o registro do desligamento do dispositivo, ocorrido em 2 de maio, um dia após a instalação da tornozeleira.

O aparelho ficou aproximadamente 36 horas sem funcionamento. Fernando Collor foi condenado a uma pena total de 8 anos e 10 meses de detenção por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em decorrência de investigações relacionadas à Operação Lava Jato.

Sua presidência ocorreu de 1989 a 1992, encerrada com seu impeachment. Quanto à prisão domiciliar, Collor deixou a cadeia Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL), na noite de 1º de maio, após autorização do ministro Moraes, alegando questões de saúde.

O ex-presidente, que atualmente tem 75 anos, foi autorizado a cumprir a pena em sua residência. Dentre as condições estabelecidas para sua liberdade domiciliar estão o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica e o cumprimento de medidas de segurança, sob risco de retorno ao regime fechado.

A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas deve enviar relatórios semanais detalhando as atividades do ex-presidente.

Além disso, Collor teve seu passaporte suspenso e está impedido de receber visitantes, salvo advogados, familiares, profissionais de saúde e outras pessoas autorizadas pelo STF.