Na semana passada, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, formalizaram um acordo de intenções visando a venda de até 150 unidades do caça multifuncional SAABb.ST Gripen à Ucrânia.
A transação está condicionada às negociações que acontecem na cidade de Linköping, localizada no sul da Suécia, onde os jatos são fabricados. O Gripen, nome inspirado na criatura lendária Germânica, é uma aeronave de combate de alta tecnologia, capaz de realizar missões variadas, incluindo batalhas aéreas, ataques terrestres e tarefas de reconhecimento.
Considerado uma alternativa econômica e eficiente aos caças de quinta geração, como o F-35, o modelo sueco oferece uma solução de custo-benefício mais acessível.
Fabricado desde 1996 e passando por várias atualizações, o Gripen mais recente, o modelo E, teve seu primeiro exemplar entregue à Força Aérea Sueca neste mês. Mais de 280 unidades do avião já foram produzidas ao longo dos anos.
Com aproximadamente 15 metros de comprimento e peso de 16,5 toneladas, o Gripen E possui capacidade de reabastecimento e de rearmamento, podendo retornar ao voo entre 10 a 20 minutos após o pouso, além de operar em pistas de terra com infraestrutura limitada.
De acordo com a mídia sueca, os caças da linha Gripen foram utilizados em combate direto pela primeira vez neste ano, quando a Índia enfrentou a Tailândia em conflitos aéreos.
Anteriormente, a aeronave cumpriu missões de policiamento aéreo, incluindo uma operação na Polônia neste ano, em apoio à patrulha da OTAN na região, além de ter sido empregada na proteção da zona de exclusão aérea na Líbia em 2014.
Na sua história, o Gripen foi adotado por diversos países. A Suécia, que permaneceu neutra até sua entrada na União Europeia em 1995 e só se alinhou formalmente à OTAN em 2024, conta com a Saab para o fornecimento de sua força aérea desde a Segunda Guerra Mundial.
A decisão de desenvolver o caça surgiu na década de 1980, e a aeronave compete com outros modelos internacionais. Países como África do Sul, Índia, Brasil, República Tcheca e Hungria adquiriram o Gripen, além da Colômbia, que também optou pelo seu uso.