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Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (22) novas sanções contra as empresas russas Rosneft e Lukoil, aumentando a pressão sobre o governo de Vladimir Putin. A decisão ocorre em meio ao crescente desconforto do presidente americano, Donald Trump, com o líder russo por causa da condução da guerra na Ucrânia.
Segundo o Departamento do Tesouro americano, tanto a estatal Rosneft quanto a companhia privada Lukoil, além de várias de suas subsidiárias, foram alvo de bloqueio, afetando operações de petróleo e gás dentro da economia russa. As autoridades norte-americanas também indicaram a possibilidade de “sanções secundárias” a parceiros que mantenham negócios com as empresas atingidas.
As tensões entre Moscou e o Ocidente atingiram um novo patamar. A Rússia realizou um exercício envolvendo sua tríade nuclear — forças terrestres, navais e aéreas — que incluiu o disparo de um míssil intercontinental do tipo “Yars”, um projétil “Sineva” lançado de um submarino no Mar de Barents e mísseis de cruzeiro de bombardeiros estratégicos, todos sob supervisão de Putin. A ação foi interpretada como uma demonstração de força.
Enquanto isso, a Ucrânia sofreu novos ataques com mísseis e drones russos em várias regiões, incluindo a capital, Kiev. As ofensivas deixaram ao menos sete mortos, entre eles duas crianças, e dezenas de feridos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que os ataques mostram que Moscou “ainda não sente pressão suficiente” para interromper o conflito.
O anúncio das sanções ocorreu pouco depois do cancelamento de um encontro entre Trump e Putin, que estava previsto para os próximos dias. A sucessão de fatos — sanções econômicas, manobras nucleares e novos bombardeios — evidencia uma escalada simultânea nos campos diplomático, econômico e militar, com reflexos diretos nas relações entre Rússia, Estados Unidos e os países da Otan.
Washington advertiu que novas punições estão sendo preparadas caso o Kremlin não demonstre disposição para negociar. A expectativa é de que Moscou reaja com novas demonstrações de poder militar ou medidas econômicas. A Ucrânia, por sua vez, segue pedindo maior apoio internacional e reforço em sua defesa aérea, enquanto o mundo observa se haverá avanço diplomático ou intensificação da guerra.
