18/10/2025 09:01:12

Acidente
17/10/2025 08:00:00

Confronto intenso na Ucrânia: ofensiva russa com drones e mísseis provoca vítimas e destruição

Líder ucraniano Zelenskyy denuncia ações de “terror” e reforça apelo por negociações de paz frente à escalada de ataques russos

Confronto intenso na Ucrânia: ofensiva russa com drones e mísseis provoca vítimas e destruição

Na noite de quinta-feira, uma ofensiva militar russa envolveu o lançamento de centenas de drones e mísseis direcionados a múltiplas localidades ucranianas, causando um elevado número de feridos e atingindo infraestrutura civil e energética.

De acordo com informações de autoridades locais, a cidade de Nizhyn, situada na região de Chernihiv, no norte do Ucrânia, sofreu bombardeios intensos na quarta-feira, resultando em dois feridos que foram levados a hospitais. Além disso, residências, veículos e edifícios residenciais foram severamente danificados durante os ataques.

Relatos indicam que o telhado de uma das moradias foi parcialmente destruído, comprometendo sua estabilidade estrutural e colocando os moradores em risco. As equipes de emergência confirmaram que a estrutura ficou instável e representava perigo imediato.

Viacheslav Chaus, chefe regional da Administração Militar de Chernihiv, destacou que os ataques tiveram como alvo proposital áreas civis e centros logísticos que fornecem água, eletricidade e recursos essenciais às comunidades, numa tentativa de intimidar os residentes da região.

Na cidade de Sumy, os bombardeios russos deixaram quatro feridos após mais de 135 ataques distribuídos por diversos povoados ao longo de toda a região. As forças de segurança relataram que estruturas como um prédio, seis casas, um comércio e múltiplos veículos também sofreram danos, além de instalações críticas de infraestrutura.

Outro foco de confronto foi Kostiantynivka, na região de Donetsk, no Donbas, atingida na madrugada de quinta-feira. Essa área tem sido uma das principais linhas de ataque russas nas últimas semanas, enquanto Moscou busca consolidar seu controle na região desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

Apesar das dificuldades devido aos combates intensos e bombardeios constantes, as autoridades ucranianas continuam realizando operações de evacuação, conseguindo, até o momento, retirar com sucesso vários civis, incluindo crianças de oito e treze anos.

Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia, condenou enfaticamente as ações do Kremlin, descrevendo a atual campanha de ataques como uma tática de “duplo terror”.

Ele afirmou que os russos utilizam drones 'Shaheds' carregados com munições de fragmentação, realizando ataques repetidos com o objetivo de ferir trabalhadores de emergência e profissionais de energia que tentam recuperar os sistemas danificados, prolongando assim o conflito.

Segundo Zelenskyy, mais de 300 drones e 37 mísseis de diferentes modelos, incluindo balísticos, foram disparados na ofensiva. Ele reforçou que a única resposta eficaz ao Kremlin seria a pressão internacional, por meio de sanções econômicas e capacidades militares de longo alcance, para obrigar Vladimir Putin a cessar suas ações.

O líder ucraniano também exortou os países ocidentais e europeus a adotarem medidas firmes para estabelecer uma dinâmica de paz na Europa, comparando a situação ao que vem ocorrendo no Oriente Médio atualmente.

Além das ações no interior do território russo, a Ucrânia também voltou sua atenção ao setor energético russo, efetuando um ataque na refinaria de Saratov, na Rússia, na quinta-feira. Essa foi a segunda vez em um mês que a instalação foi atingida, tendo sido alvo de um ataque anterior em 16 de setembro.

A refinaria, uma das mais antigas do país e operada pela gigante petrolífera Rosneft, possui uma capacidade de processamento de aproximadamente 7,2 milhões de toneladas de petróleo em 2020, reduzida para cerca de 4,8 milhões de toneladas em 2023, segundo informações divulgadas pelas Forças de Operações Especiais da Ucrânia.

A ação coordenada contra o setor energético russo evidencia o aumento das operações militares ucranianas contra pontos estratégicos, buscando enfraquecer a capacidade de Moscou de sustentar a guerra e impactar sua economia.