Redução na Insegurança Alimentar atinge mais de 2 milhões de lares brasileiros em 2024

De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2022-2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil apresentou uma significativa evolução nos índices relacionados à segurança alimentar durante o ano de 2024.

Mais de dois milhões de residências deixaram de vivenciar a insegurança na alimentação em comparação ao levantamento realizado entre 2017 e 2018. Os números indicam uma diminuição do número de domicílios em situação de vulnerabilidade alimentar, que passou de 33,6 milhões para 31,2 milhões, o que equivale a uma redução de 7,1%.

Essa melhora foi observada em todas as regiões do país, especialmente no Norte e no Nordeste, que tiveram as quedas mais relevantes nos casos de insegurança alimentar severa. A proporção de lares que enfrentaram escassez de alimentos ou fome caiu de 4,6% para 3,9%. Já aqueles que experimentaram insegurança leve, caracterizada por preocupações com o acesso à alimentação, diminuíram de 24,4% para 22,5%.

Em relação à insegurança moderada, que envolve a diminuição na qualidade e quantidade dos alimentos disponíveis, houve uma leve redução de 4,6% para 4,3%. Outro dado positivo foi o aumento na taxa de segurança alimentar completa, que garante o acesso contínuo e regular a alimentos de qualidade.

Essa condição foi registrada em 65,1% dos domicílios, frente aos 63,3% encontrados na pesquisa anterior. O IBGE atribui esses resultados ao impacto de políticas públicas, programas sociais e ações específicas voltadas ao combate à fome e à inclusão social.

Apesar dos avanços, o estudo ressalta que desafios persistem, especialmente entre populações vulneráveis e em regiões rurais. Os dados fornecidos pela POF são essenciais para orientar estratégias governamentais e iniciativas da sociedade civil na luta contra a insegurança alimentar, promovendo o direito de todos os brasileiros a uma alimentação adequada.