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11/10/2025 04:00:00

EUA afirmam que Filipe Martins não entrou no país e apontam erro em registro usado por Moraes

EUA afirmam que Filipe Martins não entrou no país e apontam erro em registro usado por Moraes

O U.S. Customs and Border Protection (CBP), órgão responsável pelo controle de fronteiras dos Estados Unidos, informou na noite desta sexta-feira (10) que o ex-assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, não entrou no país em 30 de dezembro de 2022. A nota oficial afirma que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, utilizou um registro incorreto ao fundamentar decisões sobre o caso.

Segundo o comunicado, “a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA realizou uma análise completa das evidências disponíveis referentes às alegações de entrada nos Estados Unidos do cidadão brasileiro Filipe Martins em 30 de dezembro de 2022. Após a conclusão da análise, foi determinado que o Sr. Martins não entrou nos EUA naquela data.”

O texto acrescenta que “essa constatação contradiz diretamente as alegações feitas pelo Ministro da Suprema Corte do Brasil, Alexandre de Moraes, um indivíduo recentemente sancionado pelos EUA por violações de direitos humanos contra o povo brasileiro”.

Ainda conforme o CBP, o órgão reconhece que Moraes citou “um registro errôneo” para justificar a prisão de meses de Filipe Martins. A instituição afirma que a presença desse dado incorreto nos sistemas oficiais permanece sob investigação e que “serão tomadas as medidas adequadas para evitar futuras discrepâncias”.

“O CBP condena veementemente qualquer uso indevido desta entrada falsa para embasar a condenação ou prisão do Sr. Martins ou de qualquer pessoa. Reafirmamos nossa dedicação em manter a integridade de nossos registros de fronteira e apoiar os princípios de justiça e direitos humanos”, conclui a nota.

A CNN procurou o Supremo Tribunal Federal e aguarda resposta.

Filipe Martins ficou preso preventivamente por seis meses, acusado de ter viajado aos Estados Unidos junto com o então presidente Jair Bolsonaro. Ele é réu em um dos núcleos da investigação sobre tentativa de golpe e é apontado pela Procuradoria-Geral da República como autor de uma minuta golpista, acusação que nega.